Nosso estudo de investigação da Bíblia foi dividido em sete estágios, sendo que essa divisão faz parte da análise empírica aplicada.

Metodologia de investigação da Bíblia.

Apresentaremos a seguir apenas os itens abordados no quinto estágio do estudo e suas conclusões. As explicações completas se encontram no quinto estágio completo do estudo em pdfRecomendamos fortemente que você baixe esse arquivo. Oriente-se pelo sumário e leia pelo menos os itens que mais interessarem a você. Veja também os outros estágios do estudo de investigação da Bíblia e os tópicos especiais por meio das áreas no final desta página.

Este estudo sobre autoridade é, também, um excelente estudo sobre Deus.

Jesus Cristo é Deus, o Senhor… “E daí?” Tal resposta não seria apenas uma réplica de um cético. É também uma questão de autoteste para que aqueles que professam crer na Bíblia possam se beneficiar. Então, o que muda sobre nossa vida hoje por crermos que Jesus é o Senhor? O que essa diferença diz aos outros sobre Jesus? O que essa diferença diz a Jesus sobre nós?

A autoridade de Deus é a chave para nossa salvação. A salvação não é uma questão do que nós conhecemos, mas uma questão do domínio de Deus sobre a vida, o pecado, a morte e nosso ser posicionado de tal maneira que seu domínio enriquecedor da vida e derrotador da morte nos cubra.

A autoridade de Deus é a chave para nos ajudar a aprender e obedecer à Palavra de Deus. Quer sintamos que estamos sob a autoridade de alguém ou não, Deus escreveu que todos são obrigados a compreender suas palavras. Ser bem versado na Palavra de Deus não é uma questão de sentimentos, mas uma questão de submissão voluntária de crer na autoridade de Deus e fazer o que ele diz.

A autoridade de Deus é a chave para amar a Deus. O amor a Deus, no que diz respeito a Deus, significa obedecê-lo. Em outras palavras, amar a Deus é submeter-se à sua autoridade.

A autoridade de Deus é a chave para adequadamente responder à pergunta “Jesus é o Senhor… E daí?”. Para qualquer um que queira seguir Cristo, ele o ordena a andar como ele andava. Para aqueles que não queiram seguir a Cristo, tudo o que haverá é choro e ranger de dentes. Todos os seguidores de Cristo serão responsabilizados pela submisão à Palavra de Deus. Um relacionamento frutífero e demonstrável com Cristo não é uma questão de intelecto ou de sentimentos, mas de submissão voluntária a crer e agir sob a autoridade de Deus.

Deus é o criador de tudo o que existe (com exceção dele mesmo, pois ele é autoexistente), um ser pessoal com vontade própria e sentimentos, um ser que não tem início e não tem fim – o próprio tempo é algo criado por Deus e Deus já existia antes do tempo. Ele também já existia antes de qualquer matéria/energia e do próprio espaço. Todas as coisas foram criadas por Deus e, assim, ele é a autoridade máxima e tudo pertence a ele. Deus é o legislador do universo e é também quem faz as leis serem cumpridas, pois ele sustenta toda a criação. Ele é onipotente, onipresente e onisciente. Deus é o padrão vivo e absoluto de tudo: ele mesmo é o certo, o amor e a justiça – sua própria existência define esses valores. Uma vez que Deus possui uma mente racional eterna, a própria lógica vem de seu raciocínio. A definição de “autoridade” pode ser “poder de comando”, “fazer cumprir leis”, “exigir obediência” e “julgar”, e o registro escrito da Bíblia demonstra que Deus exerce cada uma dessas áreas.

No entanto, apesar de ter poder ilimitado, há coisas que ele não pode fazer. Ele é santo, separado de erro, maldade e injustiça, ou seja, totalmente separado de tudo o que vai contra seu caráter. Assim, sua santidade o impede de fazer coisas inconsistentes com seu próprio caráter. Caso Deus agisse contra seu próprio caráter, ele mesmo seria inconsistente e cometeria pecado. A consequência é que não haveria mais um padrão absoluto e perfeito em toda a existência. Sem um padrão absoluto, perfeito e incorruptível, nada mais seria certo e não haveria mais um referencial absoluto para tudo, o que geraria consequências catastróficas para toda a existência, se é que algo poderia continuar a existir. Em outras palavras, Deus é 100% perfeito e deve continuar nesse estado. Assim, Deus tem que estar separado de tudo o que não é perfeito. Portanto, Deus também tem que ser separado de tudo o que tem pecado. Essa é a razão pela qual uma pessoa que tenha transgredido a vontade de Deus (sem ser justificada) jamais pode estar diante dele – se isso fosse tolerado, o padrão 100% perfeito se tornaria maculado e não seria mais perfeito.

Deus se revelou à humanidade em três facetas. Essas facetas são às vezes referidas como “pessoas” ou “Trindade”, embora seja fundamental manter que a essência de Deus é singular. Em cada uma dessas pessoas, diferentes aspectos da autoridade de Deus parecem ser desenvolvidos. A unidade de Deus é uma união, não uma unidade absoluta. A palavra equivalente a “Deus” no Antigo Testamento (elohim) é uma formação no plural. A palavra equivalente a “um”, empregada em referência a Deus no Antigo Testamento (echad) também é uma forma plural.

Deus é amor, e o amor precisa ser compartilhado. Ele é um em propósito e substância (divindade), mas três pessoas divinas distintas que compartilham amor (Pai, Filho e Espírito Santo). Essas três pessoas divinas compartilharam amor antes mesmo de tudo existir. Se não fosse assim, caso Deus fosse uma pessoa só, antes de tudo existir (exceto ele mesmo) haveria apenas o amor próprio, uma vez que o amor fraternal e o amor ágape dependem que exista mais do que uma única pessoa. Para haver amor, é necessário o livre arbítrio, uma vez que amor deve ser voluntário. O amor ágape ensinado por Jesus é um amor de decisão – envolve escolha. No entanto, com o livre arbítrio existe a possibilidade de desobediência a Deus e, portanto, pecado. Apesar de onipotente, Deus não age de forma a forçar ninguém a querer ser como ele. Ele influencia, mas não força a escolha de ninguém. O amor verdadeiro envolve escolher confiar em Deus e buscá-lo, o que, obviamente, deve ser feito voluntariamente. Alguém que escolha não querer ser como Deus jamais terá a justificação baseada no sacrifício de Jesus e, portanto, acesso ao céu. Ser como Deus significa querer abandonar tudo o que não condiz com seu caráter.

Deus nos criou para sermos agentes morais livres (temos livre arbítrio), mas sua autoridade sobre a humanidade permanece expressamente clara. A maneira pela qual devemos entender e respeitar a autoridade de Deus é estudando como ele nos revelou essa autoridade. Isso começa com uma melhor compreensão sobre a natureza de Deus. O caráter de Deus se reflete inteiramente e perfeitamente em cada uma de suas pessoas. Por meio de cada uma de suas pessoas, ele estabeleceu uma interação um tanto única com a humanidade. Embora as Escrituras nem sempre especifiquem à qual pessoa de Deus os papéis específicos de autoridade e poder correspondem, elas muitas vezes apresentam facetas da autoridade de Deus sendo enfatizadas mais em uma pessoa do que em outra. No que diz respeito à autoridade de Deus, essas pessoas geralmente são expressas da seguinte maneira: (1) Deus o Pai como a fonte da autoridade; (2) Deus o Espírito como o mensageiro dessa autoridade; e (3) Deus o Filho como o executor dessa autoridade.

É relativamente fácil acreditar que um Deus criador onipotente pode possuir autoridade sobre qualquer coisa ou qualquer um que desejar. Mas concluir que algum material impresso transmite a mesma autoridade do criador é outra questão. Contudo, é exatamente assim que as Escrituras se apresentam para serem recebidas.

A autoridade da Bíblia é estabelecida pela natureza das palavras de Deus, a autoridade de suas palavras e a eternidade de suas palavras. As palavras de Deus são de tal natureza que refletem perfeitamente as próprias características de Deus, suscitam uma resposta nossa e são pessoalmente identificadas com a pessoa de Jesus Cristo. A autoridade dessas palavras é estabelecida principalmente pela identificação íntima delas com Deus, pelo precedente pelo qual elas foram historicamente recebidas e, também, pela maneira pela qual Cristo reverentemente as usou e referenciou. A eternidade da Palavra de Deus a estabelece como autoritativa, não apenas no momento em que foi escrita, mas autoritativa para todos os tempos. Uma vez que a Palavra de Deus eternamente expressa a autoridade dele sobre nós, somos obrigados a responder a ela.

Deus possui autoridade e essa autoridade está imputada na Bíblia. A autoridade de Deus afeta nossas vidas em termos da salvação do pecado para a vida eterna com Deus, em termos de vida diária e em termos de quando encontrarmos o Senhor face a face. Na vida cotidiana, a paixão de nossas tentações e a frustração de nossas tentativas muitas vezes borram a nossa visão da linha divisória entre certo e errado. Quando perdemos de vista o que fazer, não é porque a diferença entre certo e errado se tornou mais difícil de distinguir. O certo e o errado nunca deixam de ser claros. Em vez disso, é nossa visão que está perdendo foco. Esse problema com nossa visão moral é mais uma razão pela qual Deus nos deu a Bíblia.

A salvação, como a Bíblia a apresenta, tem três sentidos temporais: passado, presente e futuro. A salvação no sentido passado tem a ver com a salvação da pena do pecado: quando alguém se converte ao Senhor, todos os pecados até a conversão são perdoados e a ira de Deus já não permanece sobre o perdoado. A salvação no sentido futuro tem a ver com a salvação da presença do pecado: quando finalmente os cristãos forem trazidos ao céu, não haverá pecado algum e a salvação será completa, ou seja, de forma plena. A salvação no sentido presente tem a ver com a salvação do poder do pecado: depois de se converter a Cristo e receber a promessa da vida eterna, mas antes de entrar na ausência de pecado do céu, o cristão permanece em um mundo pecaminoso, onde deve lutar contra o poder do pecado todos os dias, ou seja, lutar contra tentações e erros, bem como com as consequências combinadas das tentações e erros de outras pessoas.

Outra maneira de categorizar os propósitos das Escrituras são as três maneiras pelas quais elas nos beneficiam em termos de nosso relacionamento com Deus: (1) uma vez que todos pecam, é necessário que cada pessoa seja estabelecida em um relacionamento vivo com Deus, e esse é um propósito primário da Palavra de Deus; (2) como em qualquer relação humana, há coisas que precisamos fazer para manter a proximidade de nosso relacionamento com Deus; (3) especialmente característico das relações amorosas humanas, há coisas que podemos fazer e coisas que Deus está fazendo, o que nos ajuda a nos aproximar cada vez mais nesse relacionamento. Quanto mais estivermos expostos à lavagem da Palavra de Deus, mais seremos capazes de refletir as características de Deus e a imagem essencial.

Enquanto Deus tem autoridade sobre a humanidade conforme transmitida por meio da Bíblia, essa autoridade continua a ser um fato que não obriga nem o cético nem o cristão a agir contra a sua própria vontade. Decidir agir sob a autoridade da Palavra de Deus, e em que grau, é a escolha de cada indivíduo.

Assim como a morte é certa, nosso julgamento perante Deus é também. Os dois aspectos principais para o julgamento final serão a separação dos justos dos injustos e o grau em que vivemos de acordo com a vontade de Deus. Há certas coisas que podemos fazer para nos preparar para esse dia: (1) reconhecer o problema em questão, pois não há escapatória do julgamento de Deus, Jesus Cristo foi designado como o juiz, e o padrão para o julgamento é a Palavra de Deus; (2) agir, ou seja, se converter verdadeiramente ao Senhor e aprender e aplicar seus ensinamentos; (3) entender que não há segredos e Deus sabe de todas as coisas, o que implica que não devemos viver como se estivéssemos em segredo ou fora da visão de todos  precisamos continuamente de arrependimento e devemos ser sinceros com Deus, sempre confessando os nossos pecados, se afastando deles e pedindo perdão.

O drama da vida na presença da Palavra de Deus nos leva de volta à analogia do transatlântico. Embora o Titanic tenha se tornado um eufemismo para um desastre espetacular, o destino trágico dele não foi o resultado de nenhuma causa singularmente espetacular. As sementes da destruição do enorme navio foram semeadas de muitas formas surpreendentemente sutis e invisíveis. A colisão com o iceberg foi a única causa aparente naquele momento. Dentro dos muitos detalhes dessa história se encontram lições muito importantes tanto para os céticos como para os cristãos.

O Titanic é devidamente lembrado como uma pirâmide de pequenos erros, prioridades equivocadas, complacência, descuido e julgamentos ruins. Tudo isso em cascata resultou na perda de muitas vidas (uma perda que poderia ter sido evitada). Vários conjuntos de detalhes dentro da saga do Titanic curiosamente paralelizam a posição da humanidade diante de Deus e da Bíblia. E a humanidade não aprendeu com o caso do Titanic. Outro navio, o qual verdadeiramente foi chamado de “inafundável”, tinha sido criado graças às lições aprendidas e aos esforços de melhoria por parte dos engenheiros: o Lusitania. Mas a adição do Lusitania ao chão do Atlântico aliviou o sofrimento das vítimas do Titanic tanto quanto alguns acreditam que há conforto em ir para o inferno com seus amigos – ou seja, não deu conforto algum. O exílio permanente do Lusitania ao fundo do mar reforça as mesmas lições que devem ser aprendidas com o Titanic: a necessidade de ver, reconhecer e evitar os perigos da arrogância, complacência e falsa segurança.

Para nós, a lição é espiritual. Devemos ver nossa necessidade de obter o perdão, o poder e a orientação de Deus em nossas vidas, e reconhecer que o sacrifício de amor de Jesus na cruz nos salvou da condenação e nos trouxe a uma relação eterna com ele.

Em resumo: (1) a Bíblia de hoje é uma reprodução exata dos seus manuscritos (as fontes); (2) os conteúdos dos manuscritos bíblicos são válidos; (3) os conteúdos afirmam que Jesus é Deus; (4) Deus afirma que a Bíblia contém tanto instrução quanto autoridade para nossas vidas; (5) devemos crer na Bíblia por ela ter autoridade sobre nossas vidas.

O assunto da autoridade bíblica e a humanidade se conclui com este pensamento: a Bíblia é indiscutivelmente a palavra do único Deus verdadeiro. Evidências arqueológicas, filológicas e literárias substanciam firmemente que o que lemos hoje na Bíblia é o que foi escrito há muito tempo. Além disso, esses escritos são considerados válidos e verdadeiros por muitos campos de estudo. Os escritos indicam repetidamente e com clareza que Jesus Cristo é Deus, o Senhor. Esse mesmo Jesus Cristo – a Palavra de Deus – é, sem sombra de dúvida, a autoridade divina para quem cada momento de nossa vida se desenrola em grande detalhe.

Continue perseverando em saber mais!

Acredite, não há outra forma de estar certo sobre a integridade, veracidade e autoridade bíblica (ou qualquer outro tema bíblico) sem leitura e estudo dedicados. Não critique sem ler. Não negligencie. Leia. Estude. Vale a sua vida eterna.

"Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." (Mateus 11:15, NAA).

Estágio 5: autoridade (pdf)

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Estágio 6: história

Estágio 7: objeções

Tópicos especiais

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