Nosso estudo de investigação da Bíblia foi dividido em sete estágios, sendo que essa divisão faz parte da análise empírica aplicada.
Apresentaremos a seguir apenas os itens abordados no quarto estágio do estudo e suas conclusões. As explicações completas se encontram no quarto estágio completo do estudo em pdf. Recomendamos fortemente que você baixe esse arquivo. Oriente-se pelo sumário e leia pelo menos os itens que mais interessarem a você. Veja também os outros estágios do estudo de investigação da Bíblia e os tópicos especiais por meio das áreas no final desta página.
Hoje em dia, o que está teologicamente “na moda” é contender por um Jesus que era somente um homem por natureza e por uma Bíblia que virtualmente se silencia a respeito de um Cristo de dupla natureza – verdadeiro Deus e verdadeiro homem na única pessoa de Jesus Cristo. Está muito em voga acreditar que a melhor solução pode ser entender Jesus como somente um homem – um homem muito incomum, naturalmente, com uma missão especial de Deus – e explicar que as qualidades divinas não fazem parte do ser dele.
Há muita especulação e pouca evidência objetiva que existe por parte de muitos revisionistas (aqueles que desejam “revisar” o entendimento sobre Jesus). A narrativa dos evangelhos é descartada e pedaços das Escrituras são embaralhados para revelarem o “Jesus histórico” do próprio estudioso. É mais razoável considerar os evangelhos à sua luz histórica. Eles declaram terem sido escritos e confirmados por testemunhas oculares. Jesus foi visto, ouvido e seguido. Somente se fosse verdadeiramente demonstrado que esses escritores eram mentirosos, iludidos, ou de algum outro modo desacreditando-os, poderíamos assumir que os relatos dos evangelhos não são designados a ser entendidos historicamente.
Divindade é, geralmente, uma referência a um ser que está no estado de ser Deus. Na Bíblia, a palavra grega theos, “Deus”, refere-se ao ser supremo sobrenatural como criador e mantenedor do universo. A Bíblia se refere a Deus como aquele que fez o mundo e tudo o que nele existe (Atos 17:24). Palavras derivadas de theos, como theotes, se referem à natureza ou estado de ser Deus. Essa é a ideia como é encontrada em Colossenses 2:9, passagem que se refere a Jesus: “em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Quando se afirma que Jesus é divino, está sendo dito que Jesus possui características divinas. Antes, está sendo dito que ele é propriamente Deus, o ser supremo sobrenatural que criou e sustenta o universo.
Para ser demonstrado que Jesus é o Messias, é comum ir ao Antigo Testamento para considerar as muitas profecias e alusões (mais de 300) a respeito do Messias. Depois, mostra-se no Novo Testamento como Jesus cumpriu essas profecias. Algumas dessas profecias incluem referências ao Messias como sendo divindade. Os evangelhos demonstram a divindade de Cristo por meio de suas declarações, suas obras, sua aceitação de adoração e sua ressurreição. Os títulos atribuídos a Jesus (“Filho de Deus”, “Filho do Homem”, “Primogênito”, “Unigênito”) implicam que ele é Deus, assim como outros termos que foram aplicados a ele (“resplendor da glória de Deus” e “expressão exata de seu ser”). O Novo Testamento fala de Jesus como criador e sustentador de tudo o que existe, tendo a preeminência sobre tudo e todos, além de aplicar a ele características divinas e direcionar para ele textos do Antigo Testamento que foram aplicados apenas a Yahweh. Anjos foram ordenados a adorá-lo, e anjos podem adorar apenas a Deus.
Quando veio à Terra, Jesus era plenamente humano e plenamente divino e se pôs de parte para que tudo o que ele fez fosse desprendido de qualquer conotação egoísta. Em sua função de servo durante seu ministério terrestre, Jesus se submeteu completamente ao Pai e derramou-se na morte. Depois disso, ele foi exaltado e está reinando à destra de Deus Pai como rei e sumo sacerdote perfeito e eterno.
Há diversos tipos de pensamentos sobre Jesus Cristo. Alguns acreditam que ele quer que nos tornemos religiosos ou que ele veio para tirar toda a diversão da vida e nos dar regras impossíveis de viver. Muitas pessoas estão dispostas a chamá-lo de um grande líder do passado, mas não creem que ele seja relevante para suas vidas hoje. Embora outros filósofos e líderes religiosos tenham oferecido suas respostas para o sentido da vida, apenas Jesus Cristo provou suas credenciais ao ressuscitar dentre os mortos. Céticos que originalmente zombavam da ressurreição de Jesus descobriram que há evidências convincentes de que isso realmente ocorreu.
Para compreender como as palavras, vida e morte de Jesus podem estabelecer nossas identidades, nos dando o sentido da vida e esperança para o futuro, precisamos entender o que ele disse sobre Deus, sobre nós, e sobre si mesmo: Deus é relacional, Deus é amoroso e Deus é santo (separado do mal). Deus nos ama e nos criou para um relacionamento consigo, e foi-nos dada a liberdade de aceitar ou rejeitar esse relacionamento. Nosso pecado e rebelião contra Deus e suas leis criaram um muro de separação entre nós e ele. Embora sejamos merecedores do juízo eterno, Deus pagou nossa dívida na íntegra pela morte de Jesus em nosso lugar, tornando a vida eterna com ele possível.
Quando se trata de rejeitar perdão o total de Cristo, as pessoas dão uma variedade de razões. Muitos dizem que não há provas suficientes, porém não estão interessados suficientemente para realmente investigar. Outros se recusam a olhar para além de alguns “cristãos” hipócritas que conhecem, apontando para o comportamento sem amor ou inconsistente deles como desculpa. E outros ainda rejeitam a Cristo porque eles culpam a Deus por alguma experiência triste ou trágica que sofreram. Um homem rejeita Deus não por causa de exigências intelectuais, nem por causa da escassez de evidências. Um homem rejeita a Deus por causa de resistência moral que se recusa a admitir sua necessidade de Deus.
A nossa escolha consciente sobre Jesus é infinitamente mais importante do que a qualquer outra escolha em nossas vidas. A eternidade está em jogo. Podemos escolher uma de três respostas diferentes sobre Jesus: ignorá-lo, rejeitá-lo, ou aceitá-lo.
Quase 2.000 anos se passaram desde que Jesus deixou a Terra e muitos se perguntam por que ele demora tanto tempo para voltar. Em seu livro “Why I Am Not a Christian”, o ateu Bertrand Russell acusou Jesus de quebrar sua promessa de retornar. Russell argumentou que Jesus não poderia ter sido “todo sábio” se ele quebrou uma promessa tão importante. Ele disse que Jesus certamente não poderia ter sido Deus, como ele afirmou com tanta frequência.
Como responder à acusação de que Jesus quebrou sua promessa de retornar? Em primeiro lugar, podemos perguntar como Jesus sabia há cerca de 2.000 anos antes do presente que o evangelho de fato seria pregado em todo o mundo. Como ele poderia saber isso, a menos que ele soubesse o futuro? Em segundo lugar, precisamos olhar para outras promessas que Jesus fez para constatar se foram mantidas. Vejamos três coisas importantes que Jesus prometeu: (1) ele cumpriu profecias messiânicas estatisticamente impossíveis de alguém cumprir; (2) ele predisse a destruição de Jerusalém, o que parecia impossível no momento e chocou aqueles que o ouviram; (3) ele predisse sua morte e ressurreição no terceiro dia, algo que apenas um tolo se atreveria a dizer se esperasse mais devoção de quaisquer discípulos, a menos que ele tivesse certeza de que ele iria mesmo ressuscitar… Nenhum fundador de qualquer religião do mundo conhecido pelo homem jamais ousou dizer uma coisa como essa. Então, se Jesus cumpriu numerosas profecias messiânicas escritas centenas de anos antes do seu nascimento, previu corretamente a queda de Jerusalém, e manteve sua promessa incrível de ressuscitar dos mortos, alguma pessoa razoável duvidaria de sua promessa de voltar?
O retorno de Jesus será seguido por um julgamento no qual todos os pensamentos e atos serão abertos diante dele. Embora o perdão dos pecados seja baseado na fé em Jesus, essa fé deve ser colocada em prática pela obediência. Devemos querer agradá-lo com as nossas vidas e alcançar outros com a sua mensagem de perdão. “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15). Aqueles que vivem para ele em obediência receberão recompensa (Apocalipse 22:12). Precisamos examinar nossas vidas para nos certificar de que estamos nos preparando para encontrá-lo. O nosso objetivo é, portanto, agradá-lo, estejamos “em casa” ou “longe”. Cada ser humano terá que estar sem pretensão diante de Cristo, o juiz, e será recompensado ou punido pelo que fez enquanto viveu em seu corpo, ou seja, nesta vida, quer tenha sido o bem quer tenha sido o mal (2 Coríntios 5:10). E o bem ou mal correspondem, respectivamente, a fazer a vontade de Deus ou não.
É impossível realmente ser neutro sobre Jesus Cristo. De fato, aceitamos ou não aceitamos Jesus como o Filho de Deus. As implicações da posição que tomamos sobre Jesus alteram nossa vida. Se alguém aceita Jesus como o Filho de Deus, então precisa tomar a decisão de seguir Jesus ou não. Se alguém não aceita Jesus como o Filho de Deus, então a Bíblia é relegada como mito e fábula. Em consequência, essa pessoa não sentirá a necessidade de se submeter aos ensinamentos da Bíblia. Nossa filosofia a respeito de Jesus determinará o curso da vida.
Ao que tudo indica, a rejeição de Jesus como Deus ocorre mais em bases filosóficas do que em bases históricas. É virtualmente impossível refutar a Bíblia em bases históricas. E rejeitar sua historicidade por causa de eventos ou mensagens que ela contém com bases filosóficas não é histórico.
A Bíblia, de fato, ensina que Jesus é Deus. O Antigo Testamento apoia o ensinamento da divindade de Jesus e o Novo Testamento irresistivelmente ensina que Jesus é Deus. As Escrituras também confirmam que o entendimento de Jesus sobre si mesmo é consistente com esse ensinamento. Ele não promoveu sua própria identidade diretamente (muito provavelmente pela comoção que isso geraria), mas ele fez declarações que são equivalentes a declarações de divindade. E, mais ainda, suas obras demonstraram sua identidade, e sua aceitação de adoração mostrou o entendimento que ele tinha de si mesmo como Deus. Em última análise, a ressurreição é a testemunha mais significativa da divindade de Jesus. Ela declara poderosamente que Jesus é o Filho de Deus (Romanos 1:4). O Novo Testamento retrata Jesus como divino. Ainda que a Bíblia ensine que Jesus foi um ser humano, ela ensina que ele é muito mais do que isso. Ela atribui a ele a natureza essencial e caráter de divindade. Ela não ensina que ele deixou sua divindade quando veio à Terra. Antes, ela ensina que Jesus tomou a natureza essencial de servidão: seu maior ato de serviço foi a dádiva de sua vida.
A questão sobre a identidade de Jesus não terminará tão cedo. Questões recentes sobre Jesus têm renovado muito da discussão. Seja qual for a posição com que se termine, ela será aceita através de algum processo de fé. Isso é inevitável e Deus quis que fosse assim. A questão permanece, contudo, sobre qual é a fé mais razoável. Baseando-nos em considerações bíblicas, históricas e outras, podemos afirmar que Jesus foi, e ainda é, Deus. Ele nunca pode ser menos do que isso.
Acredite, não há outra forma de estar certo sobre a integridade, veracidade e autoridade bíblica (ou qualquer outro tema bíblico) sem leitura e estudo dedicados. Não critique sem ler. Não negligencie. Leia. Estude. Vale a sua vida eterna.
Veja as referências contidas no quarto estágio completo deste estudo em pdf.
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