Nosso estudo de investigação da Bíblia foi dividido em sete estágios, sendo que essa divisão faz parte da análise empírica aplicada.
Apresentaremos a seguir apenas os itens abordados no segundo estágio do estudo e suas conclusões. As explicações completas se encontram no segundo estágio completo do estudo em pdf. Recomendamos fortemente que você baixe esse arquivo. Oriente-se pelo sumário e leia pelo menos os itens que mais interessarem a você. Veja também os outros estágios do estudo de investigação da Bíblia e os tópicos especiais por meio das áreas no final desta página.
A investigação da Bíblia começa com os manuscritos (fontes). Quão confiáveis são esses manuscritos? Em outras palavras, como sabemos que o que lemos na Bíblia hoje é o que foi realmente escrito há tanto tempo?
Há dois métodos básicos de investigação. O método científico envolve a criação de uma situação controlada onde algo pode ser repetido com base em dados levantados e hipóteses feitas. Esse método é válido para provar leis da física e princípios mecânicos, mas é incapaz de determinar a historicidade de eventos passados. O método legal é uma análise que adquire conhecimento do passado baseado sobre testemunho oral ou escrito e então determina sua exatidão histórica.
Inspiração, ou inspiração divina, descreve o processo pelo qual Deus habilitou seres humanos a registrar o que ele tinha a intenção de transmitir. Escritos bíblicos não são declarados inspirados por Deus porque foram coletados na Bíblia – eles foram coletados na Bíblia porque foram divinamente inspirados. Historicamente, o antigo Israel, e depois a igreja primitiva, ambos com mais informações e evidências mais frescas do que as disponíveis a nós hoje, discerniram os livros inspirados pela sua origem, veracidade e outros indicadores.
A tradição judaica e os escritos bíblicos testificam que, no começo, a comunicação direta de Deus com as pessoas não deixou dúvidas sobre quem estava falando (Deus). Uma vez que Deus direcionou suas palavras para serem registradas, essas palavras permaneceram sendo identificadas pelo que poderia ser considerado como a “assinatura de Deus”. Ou seja, esses registros tinham que exibir as idênticas características das comunicações orais anteriores que tinham sido recebidas de Deus. Um escrito inspirado deve também exibir a integridade do seu autor (se o autor é conhecido). Outra característica da inspiração é a confirmação sobrenatural.
É bastante importante ter em mente que a inspiração divina não foi algo que fez com que escritores dos tempos bíblicos escrevessem sobre a Terra ou o universo de alguma forma científica. Essa é uma das principais razões pelas quais professos cristãos e céticos se confrontam no assunto “Bíblia versus ciência”.
O estudo atual de escritos bíblicos está utilizando todos os métodos de datação disponíveis: estudo simples, peculiaridades linguísticas, paleografia, arqueologia, datação por carbono 14 e referências de trabalhos de outros. Embora o pesquisador moderno ainda não esteja livre de suas próprias inclinações pessoais, o raivoso antissemitismo e a “infância arqueológica” da era anterior não são mais os problemas monumentais que uma vez foram.
A compilação da pesquisa realizada principalmente pelos estudiosos Gleason Archer, R. K. Harrison e F. F. Bruce demonstra que o Antigo Testamento foi escrito entre 1400 a.C. e 350 a.C. e o Novo Testamento foi escrito entre 48 d.C. e 100 d.C. Você pode ver a tabela das datas dos livros bíblicos aqui.
A destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. pôs um fim no sistema sacrificial judaico. Naquela época, Yochanan ben Zakkai, com a permissão de Roma, remontou os líderes religiosos judeus do Sinédrio. No chamado Conselho de Jâmnia, eles se reuniram para reconfirmar os livros do Antigo Testamento: livros que permaneceriam como textos unificadores do povo judeu que estava disperso. A coleção do Antigo Testamento permaneceu como é desde a sua coalescência entre 400 e 300 a.C.
Em relação ao Novo Testamento, o acordo da igreja primitiva sobre ter recebido a revelação completa de Deus é bastante claro: nenhum livro apostólico permanece para ser produzido. O Novo Testamento se encerrou com a morte dos apóstolos de Cristo. A Bíblia estava completa no primeiro século.
Outro indicativo da completeza do cânon conhecido, especialmente para o Novo Testamento, é o puro volume de antigas cópias conhecidas. Se tivéssemos apenas três ou quatro cópias, por exemplo, poderia haver questionamentos, como se em nossas poucas coleções estaria faltando uma carta maior ou não. Note que o mundo tem 643 cópias da Ilíada de Homero. Embora nenhuma das cópias da Ilíada esteja mais próxima do autógrafo original do que 500 anos, sugere-se que esse volume de cópias (643 no mundo todo) fornece aos leitores de hoje confiabilidade em relação à completeza e à tradução da obra. Já o número de cópias e porções antigas do Novo Testamento excedem o número de 24.000, e não “apenas” 643, como a Ilíada. A mais antiga cópia do Novo Testamento está, talvez, a apenas 25 anos do autógrafo original, e não 500 anos como no caso da Ilíada. Se a Ilíada de hoje é considerada confiável por ter 643 cópias em todo o mundo e por estar 500 anos distante dos autógrafos originais, o que dizer do Novo Testamento, cujos números são tremendamente melhores? Portanto, a possibilidade de que uma inclusão vital possa ter sido perdida, esquecida, ou destruída, entre mais de 24.000 manuscritos, é virtualmente zero – pequena demais para ameaçar a confiança na completeza do cânon existente.
Mas o que podemos dizer em relação à existência de livros secretos ou textos “bíblicos” subsequentes como alegados por várias pessoas e religiões? Invariavelmente, todas as tais descobertas e revelações secretas têm se provado até agora como inconsistentes com a Palavra de Deus confirmada. É evidente que o Antigo Testamento tem permanecido intacto e sem inclusões estranhas desde centenas de anos antes de Cristo. O Novo Testamento tem permanecido completo por mais de 1.900 anos.
Os documentos bíblicos originais (autógrafos), os quais foram iniciados tão antigamente como o início do segundo milênio antes de Cristo, não existem mais. Tudo que temos hoje são cópias: cópias de cópias. Da época do primeiro escrito até a invenção da imprensa no século quinze, todo escrito a ser copiado era copiado à mão. No antigo Israel, as cópias das Escrituras eram ativamente usadas para o ensino, leitura e estudo e, como consequência, eram sujeitas ao desgaste.
Os escribas especiais que copiaram a mensagem para fins de culto e de estudo o fizeram como um modo de vida. Eles tiveram que aderir a regras rígidas. Orientações que os soferins (escribas judeus zelosos que fizeram o trabalho de crítica textual de 400 a.C. até 950 d.C.) usaram e, mais tarde, os talmudistas, ilustram perfeitamente o cuidado que um povo tomaria a respeito da escrita que acreditava plenamente ter sido diretamente inspirada por Deus. Depois, copistas massoretas (escribas judeus que se dedicaram a preservar e cuidar das Escrituras que atualmente constituem o Antigo Testamento, “substituindo” os soferins por volta do ano 500 d.C. até ao ano 1000 d.C.), adicionaram maiores salvaguardas como garantia contra enganos. Embora esses cuidados incríveis tenham sido tomados para reproduzir os documentos bíblicos, alguns erros de copistas ainda podem ser encontrados entre as milhares de cópias existentes. Felizmente, o volume dessas cópias iniciais que está disponível para referência cruzada e para comparação torna a questão desses erros inconsequente.
Mesmo em relação à transmissão oral, observa-se o cuidado que os antigos, principalmente os judeus, tiveram com a transmissão oral de suas experiências, em especial em relação às experiências religiosas, uma vez que eles nutriram um respeito muitíssimo grande por Deus, temendo deturpar os fatos. Isso impossibilitou aquilo que alguns céticos chamam de “brincar de telefone sem fio”, ou seja, quando uma história vai se deturpando enquanto se espalha verbalmente. A redação dos textos bíblicos ocorreu não muito tempo após os eventos.
Temos disponíveis hoje traduções e versões que partem de textos consideravelmente próximos dos autógrafos originais. As fontes vão além da antiguidade dos documentos. A principal base para a descoberta do texto original do Novo Testamento está na quantidade de manuscritos antigos disponíveis: são mais de 24.000 documentos que servem como base, mais de 5.000 considerando apenas aqueles nas línguas originais.
Ao longo das eras, e mesmo com salvaguardas rigorosas, copistas ainda têm cometido enganos. Comparações textuais entre muitos documentos bíblicos conhecidos vão verificar isso. Claro que, quanto mais antigas as cópias que tivermos para comparar, mais fácil será a identificação de palavras erradas ou frases esquecidas. Atualmente existem mais de 24.000 cópias antigas ou porções das Escrituras que têm revelado que as variações se concentram largamente na ortografia e, em grau menor, na ordem das palavras e gramática. Os autógrafos originais, sendo diretamente inspirados por Deus, foram completamente livres de erros, mas não necessariamente as cópias posteriores.
O processo de distinguir a redação original de quaisquer desvios entre os documentos antigos é chamado crítica textual, crítica baixa ou crítica documental. Crítica textual é um estudo surpreendentemente formalizado que categoriza diferentes tipos de variações, ou enganos, encontrados em escritos antigos. É devido a esse processo que podemos confiar que a Bíblia moderna está tão livre de erros quanto as cópias mais antigas conhecidas e mais bem preservadas. Como o número de manuscritos existentes está na casa das dezenas de milhares, o número total de variações entre os documentos é de cerca de duzentos mil, pela estimativa mais elevada. Embora alguns críticos gostem de abordar essas variações como “erros da Bíblia”, elas devem ser aceitas como o que realmente são – variações de transmissão, e não erros de fato.
Na média, documentos do Antigo Testamento resultam em cerca de uma variação realmente significativa por página de texto. Já manuscritos do Novo Testamento resultam em cerca de um décimo de um por cento de diferença realmente significativa. No caso do Novo Testamento, de maneira geral, pode-se dizer que 99% dos manuscritos estão em concordância. Há, no entanto, uma diferença de cerca de 10% (alguns dizem ser 7%) entre duas fontes distintas de manuscritos: o texto recebido (textus receptus) e o texto crítico. No entanto, essas diferenças não ameaçam de forma alguma a doutrina cristã. Na verdade, boa parte dessas diferenças são apenas algumas omissões de trechos que não aparecem no texto crítico em relação ao texto recebido.
Apenas para citar alguns dos notáveis manuscritos disponíveis hoje, temos: os pergaminhos do Mar Morto; a Septuaginta ou LXX; o texto massorético (Codex Leningradensis, Allepo Codex); Freer Greek Manuscript V; Hexapla de Orígenes; Lucian Recension; Hesychian Recension; o pentateuco samaritano; o papiro Chester Beatty II; o manuscrito John Rylands (P52); o Codex Vaticanus; o Codex Washingtonianus; o Bodmer Papyri e o Bodmer Papyri II; o Codex Alexandrinus; o Codex Ephraemi; o Oxyrhynchus Papyri; a versão Itala; o Wurzburg Palimpsesto Codex; o Lyons Codex; a Vulgata.
Há mais de 5.000 cópias manuscritas antigas ou partes do Novo Testamento grego em existência hoje. Quando incluímos as primeiras versões da Vulgata latina e outras versões antigas, temos mais de 24.000 cópias antigas ou porções do Novo Testamento (o dobro disso quando incluindo citações dos antigos “pais da igreja”).
A quantidade enorme de documentos do Novo Testamento é apreciada ainda mais quando percebemos que a perseguição de Diocleciano, em 303 d.C., procurou erradicar o cristianismo, incluindo todas as suas igrejas e escritos históricos. O fracasso da perseguição em concretizar isso é contrastado pelas estimativas das Sociedades Bíblicas Unidas que dizem que, desde 1815, uma inacreditável quantidade de quatro bilhões de Bíblias foi publicada em todo o mundo.
Os críticos da Bíblia têm tido uma inabilidade, em mais de dois milênios, em buscar prová-la como falsa. No entanto, aqueles que admitem a historicidade da Bíblia, bem como sua idade, integridade e a exata transmissão dos seus dados ao longo do tempo, podem ainda ter problemas com aparentes contradições ou erros.
Até mesmo os cristãos se deparam com trechos difíceis de ser compreendidos e relacionados com outros trechos lidos antes. Um versículo difícil que requer o contexto histórico e/ou outras referências bíblicas para ser compreendido e colocado no contexto adequado não é muito difícil de ser encontrado. O tipo mais comum de objeção é o paradoxo ou contradição percebida. Se a Bíblia fosse fictícia, sujeita a mudanças, uma obra de homens e não de Deus, por que essas “contradições” teriam sido deixadas na Bíblia tão aparentemente e conscientemente? Por que não foram corrigidas há centenas de anos? Ou ontem? O fato de que ninguém o fez, e as palavras originais foram deixadas da forma como estão, por mais paradoxal que pareça a situação, é o próprio grande testemunho de fidelidade das Escrituras.
Se houvesse algum problema com os manuscritos bíblicos, Jesus certamente teria dito. No entanto, ele sempre repreendeu as interpretações e o modo de aplicação das Escrituras da parte de escribas, fariseus, saduceus e mestres da lei. Importante lembrar também que, nessa época, utilizava-se a LXX ou Septuaginta (a tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego). Caso realmente houvesse algum problema com a tradução, certamente Jesus teria detectado os problemas e alertado quanto a isso. Os escribas eram tidos com grande estima, gostavam de glória pessoal e da importância do trabalho que executavam. É bem possível que alguns fossem até mesmo arrogantes por causa disso. Para eles, copiar um livro com exatidão era tão digno de glória quanto é glorioso para um restaurador de carros muito antigos restaurá-los para o mais próximo possível dos originais. Da mesma forma, para um escriba, copiar um livro perfeitamente é uma maior glória do que adulterar textos (adulterar textos seria, na verdade, uma vergonha para eles). Os escribas tinham seus problemas espirituais, mas cumpriram sua obrigação de copiar com sucesso.
Conforme o número de igrejas se multiplicava, centenas de cópias foram cuidadosamente feitas sob a supervisão dos líderes das igrejas. Cada carta foi meticulosamente escrita em tinta ou em pergaminho ou em papiro. E assim, hoje, os estudiosos podem estudar as cópias sobreviventes para determinar suas autenticidades e chegar a uma aproximação muito próxima dos documentos originais.
De fato, estudiosos de literatura antiga inventaram a ciência da crítica textual para examinar documentos, comparando-os com outros documentos antigos para determinar a sua exatidão. Mais recentemente, o historiador militar Charles Sanders aumentou a crítica textual ao inventar um teste de três partes que analisa não só a fidelidade da cópia, mas também a credibilidade dos autores. Seus testes são o teste bibliográfico, o teste de evidência interna e o teste de evidência externa. Quando analisado com esses métodos, o Novo Testamento tem um resultado bem satisfatório.
A confiabilidade do Novo Testamento é adicionalmente confirmada pelos mais de 36.000 documentos extra bíblicos cristãos (citações de líderes de igrejas dos primeiros três séculos), datando tão cedo quanto dez anos após a última redação do Novo Testamento. Se todas as cópias do Novo Testamento fossem perdidas, você poderia reproduzi-lo a partir dessas outras cartas e documentos, com a exceção de alguns poucos versículos.
Não existe nenhum outro documento do mundo antigo testemunhado por um tão excelente conjunto de textos e testemunhos históricos. Uma pessoa honesta não pode descartar uma fonte desse tipo. Ceticismo em relação as credenciais históricas do cristianismo baseia-se em uma base irracional.
Fossem todas as coisas as mesmas, deveria haver apenas uma Bíblia. Mas todas as coisas não permanecem as mesmas. A verdade e a mensagem da Bíblia permanecem imutáveis ao longo dos tempos, mas linguagens e expressões coloquiais não permaneceram tão estáticas. Termos, frases e mesmo línguas inteiras caíram dentro e fora de uso. Se todos fossem bem versados em grego antigo, hebraico e aramaico, a tradução seria muito menos do que um problema.
A grande maioria dos estudiosos textuais é favorável aos textos apresentados pelos manuscritos mais antigos que foram descobertos depois da impressão das traduções bíblicas mais antigas. Sendo assim, os textos de quase todas as versões modernas refletem o texto dos manuscritos mais antigos. Essa é uma das principais razões para as inúmeras traduções da Bíblia. Outra questão é que as traduções podem ser de equivalência formal (mais literal), equivalência dinâmica (mais focada no significado) ou equivalência mista (tradução com características formais e dinâmicas ao mesmo tempo). Há também versões que não se tratam de meras traduções, mas de paráfrases.
Mas qual é a melhor tradução da Bíblia? A resposta a essa pergunta é “depende”. Determinada versão da Bíblia pode ser ótima para um estudo bíblico, mas ruim em uma leitura pública para pessoas leigas. Em certos trechos uma determinada versão pode ser melhor do que a outra em termos de entendimento. Depois que a finalidade do uso da Bíblia estiver definida, torna-se mais fácil escolher uma entre as muitas traduções disponíveis. Nada impede que sejam usadas mais de uma versão a título de comparação.
A palavra “apócrifo” é derivada do grego apókripho e significa escondido ou oculto, o que referencia textos que “foram escondidos”. Existem pessoas que dizem que são conteúdos que “precisam ser escondidos”. Surgiram vários tipos de interpretações maliciosas, especialmente uma que diz que “são livros de conteúdo incômodo para a Igreja e, por isso, foram ocultos e esquecidos”. Na realidade, o que ocorria era que os antigos judeus geralmente respeitaram toda a forma de literatura e dificilmente queimavam livros, preferindo depositá-los em “cemitérios”. Em outras palavras, eles costumavam “enterrar” os livros que respeitavam, mas não consideravam inspirados.
Os deuterocanônicos apresentam escritos doutrinários, históricos e de valor moral, mas a validade de alguns dos seus trechos é contestada. Em sua maioria, foram escritos durante os séculos 2 a.C. e 1 d.C. e representam apenas uma porção muito pequena da extensa literatura judaica desse período. Os livros deuterocanônicos foram rejeitados pelos judeus como não sendo inspirados e, portanto, como não sendo do Antigo Testamento hebreu. Não foi antes do século dezesseis que eles receberam o reconhecimento oficial por parte da Igreja Católica Romana como sendo “iguais” às Escrituras. As igrejas protestantes como um todo rejeitam a inspiração deles.
Pseudepígrafo significa “falso sobrescrito”, ou seja, falsa alegação de autoria. É uma coleção de livros não canônicos que nunca se aproximaram à posição canônica, redigidos por escritores “judeus” e “cristãos” (neste estudo nos referimos a eles com aspas porque judeus e cristãos verdadeiros não fariam uso de falsa autoria). O termo “pseudepígrafo” também define todo o livro judaico que possui uma assinatura falsa, que geralmente alega ser de uma grande figura do Antigo Testamento, sendo a maioria desses escritos da época entre 250 a.C. e 200 d.C.
Dentre todos os problemas em relação a todos os livros não canônicos, um é de especial destaque: a presença de trechos que não encontram nenhum fundamento evidente dos livros canônicos, e até mesmo contradizem a doutrina revelada neles. Isso é um problema gravíssimo que exclui a possibilidade de inspiração de qualquer tipo de escrito. Uma vez que Deus direcionou suas palavras para serem registradas, essas palavras permaneceram sendo identificadas pelo que poderia ser considerado como a “assinatura de Deus”. Ou seja, registros inspirados têm que exibir as idênticas características de comunicações anteriores que tinham sido recebidas de Deus. É fato que qualquer escrito que ensine práticas não autorizadas pela Palavra de Deus, revelada nos livros canônicos da Bíblia, não pode ser considerado inspirado por Deus.
Acredite, não há outra forma de estar certo sobre a integridade, veracidade e autoridade bíblica (ou qualquer outro tema bíblico) sem leitura e estudo dedicados. Não critique sem ler. Não negligencie. Leia. Estude. Vale a sua vida eterna.
© Copyright 2024 Escrituras Puras.