Nosso estudo de investigação da Bíblia foi dividido em sete estágios, sendo que essa divisão faz parte da análise empírica aplicada.
Apresentaremos a seguir apenas os itens abordados no primeiro estágio do estudo e suas conclusões. As explicações completas se encontram no primeiro estágio completo do estudo em pdf. Recomendamos fortemente que você baixe esse arquivo. Oriente-se pelo sumário e leia pelo menos os itens que mais interessarem a você. Veja também os outros estágios do estudo de investigação da Bíblia e os tópicos especiais por meio das áreas no final desta página.
Estamos em uma situação comparável a um transatlântico no meio de um imenso mar gelado, similar ao caso do Titanic. Tudo parece normal. De repente, recebemos um documento que dá a entender ser do capitão, avisando que o navio está afundando. O que fazer? Tendo em vista a eminência de uma catástrofe, investigar o documento que nos foi deixado é, positivamente, o caminho mais razoável para evitar jogar fora o futuro.
Nessa analogia, o transatlântico representa o mundo, o mar gelado é a morte eterna, o capitão é Deus e o documento é a Bíblia.
Verdade é aquilo que reflete realidade. Verdade corresponde ao fato e é consistente com aquilo que ocorreu na realidade. Isso é chamado verdade absoluta ou sentido absoluto de verdade. Outro sentido de verdade é o sentido relativo. Ele ocorre quando um evento ou declaração é considerado consistente com a percepção de alguém. Encontrar a verdade relativa em um dado evento é sempre possível, mas não quer dizer que o sentido absoluto de verdade não se aplica mais. A verdade em um sentido absoluto tem um caráter mutuamente exclusivo. A ideia de que não há sentido absoluto de verdade considerando religião é falsa.
Se a verdade fosse sempre relativa, se não houvesse diferença absoluta entre certo e errado, então tanto a Bíblia quanto a mais racional discussão seriam inúteis. No entanto, se existem verdades absolutas, se certo e errado existem, então temos justificativa para começar a avaliar a verdade ou falsidade da Bíblia. Ela coloca a si mesma aberta à verificação para constatarmos se contém verdade tanto literal quanto figurada. A Bíblia relata os começos do universo e da própria vida. A Bíblia profetizou eventos que são verificados como ocorridos séculos depois que os autores estavam mortos.
Tudo o que existe tem um início: o tempo, o espaço, a matéria/energia e mesmo as leis quânticas. Qualquer coisa consistindo deles é, por si mesma, meramente uma parte componente do universo natural. Ainda que houvesse um universo que tenha criado outro (a ideia de multiverso), o problema continua: sempre é possível perguntar o que criou o universo anterior. Tal raciocínio, portanto, recai sobre um absurdo lógico conhecido como regressão infinita. O que quer que seja que causou o universo, não poderia ter consistido das características das quais ele foi subsequentemente produzido. A regressão infinita que ocorre na ideia do multiverso, ou até mesmo na ideia de que o ser humano possa ter sido gerado a partir de alienígenas (ou seja, “Quem criou o alienígena?”, “Quem criou o alienígena anterior?”, “E o anterior?”, etc.), simplesmente não soluciona o problema, apenas o ignora.
Portanto, a “força causal” tem que ser independente do espaço (ilimitada), independente do tempo (eterna) e independente de matéria/energia (imaterial). Deve haver uma causa eternamente existente que, em si mesma, não foi causada por outra causa de onde cada efeito material se origina. A única coisa que poderia ter incitado uma causa que não pode ter sido causada antes a agir, antes que o universo existisse, é ela mesma. Em outras palavras, a única influência conhecida para “a causa” antes que o universo existisse teria que ter sido ela mesma, “a causa”. “A causa” tem que ser autoexistente, eterna – ela nunca teria vindo a existir, simplesmente sempre existiu, e é autossuficiente. Logo, a lei da causalidade não se aplica à “causa”. Além disso, as únicas coisas que conhecemos que causam a si mesmas a agir, a verdadeiramente iniciar um curso de ação, são coisas com vontade e volição, o que implica em uma mente – forças impessoais ou “energia” não podem incitar a si mesmas para criarem alguma coisa (elas não têm vontade e volição). E, se alguma coisa tem uma mente, então é considerada um ser vivente e pessoal.
Assim, raciocínio simples e lógico converge sobre uma mente pré-existente: um ser ilimitado, eterno, imaterial, autoexistente, vivente e pessoal que voluntariamente iniciou o universo. O Deus da Bíblia é apresentado dessa forma.
A única forma na qual um homem finito e criado pode reconhecer um “deus” criador eterno, onisciente e onipotente, é se esse “deus” se fizer conhecido ao homem. A Bíblia ensina que Deus se fez conhecido à humanidade por meio da criação, da história, e de sua aparição na Terra na pessoa de Jesus Cristo.
Deus nos deu evidência suficiente para sabermos que ele existe. Não importa quão clara seja a evidência, ou quanto dela seja fornecida, sempre existirão pessoas dizendo que não é o bastante. O mero fornecimento de mais evidência não vai convencer a todos porque nós somos frequentemente mais subjetivos do que objetivos para isso. Nós tendemos a filtrar nossas crenças através de nossas próprias preferências pessoais para usufruirmos de estilos de vida de máximo prazer possível. Para algumas pessoas, nenhuma quantidade de evidência vai ser suficiente porque uma grande chave para crer é a motivação.
A intenção de Deus não é forçar a crença nele e a obediência a ele sobre cada ser humano que existe, mas permitir que cada um responda livremente, de acordo com sua própria vontade. Se há ateus, é porque os ateus escolhem ser ateus.
Três descobertas impressionantes têm feito cientistas de repente falarem de Deus: (1) o universo teve um início de uma única vez; (2) o universo é finamente ajustado para a vida; (3) a codificação do DNA revela uma inteligência por trás dele.
Observa-se que, embora a ciência não possa encontrar diretamente o criador de tudo, ela demonstra que é impossível que Deus não exista. Como em relação a origens há apenas duas opções, ou Deus existe ou Deus não existe, e a opção de que Deus não existe deve ser descartada, segue-se logicamente que a opção de que Deus existe está automaticamente validada.
A visão de mundo de alguém é a perspectiva usada para processar e interpretar as informações recebidas sobre o mundo. Existem três critérios que podem ser utilizados para sabermos se uma visão de mundo é boa: Corresponde com a realidade? Responde com êxito as questões importantes das pessoas? Faz daqueles que a assumirem pessoas melhores?
Ao contrário das demais visões de mundo em maior evidência hoje, a visão de mundo cristã satisfaz esses três critérios.
Uma pressuposição é uma suposição que é tida como certa – é aquilo em que se acredita com antecedência e que governa como informações serão interpretadas. São as pressuposições de uma pessoa que efetivamente governam a forma como ela interpreta as informações. Quando alguém já tem uma visão de mundo com pressuposições que negam o sobrenatural, tipicamente tais pressuposições não vão permitir que essa pessoa aceite evidências favoráveis à Bíblia.
A argumentação a partir dos pressupostos da existência de Deus e da visão de mundo cristã evidencia os erros dos pressupostos contrários, mostrando a validade do teísmo cristão (a crença de que Deus existe e está envolvido no mundo percebido). Uma vez que são identificados os pressupostos e a visão de mundo não cristã, eles são confrontados pelos pressupostos e pela visão de mundo cristã – e isso deixa em destaque as falhas dos primeiros.
A lógica é o estudo dos princípios de raciocínio, um conjunto de premissas que são examinadas e dispostas de modo a trazer uma conclusão. Os princípios básicos da lógica são sempre verdadeiros – são absolutos lógicos. A lógica é uma ação conceitual baseada em absolutos transcendentes. Em outras palavras, a lógica é verdadeira, independentemente de quem está falando, de onde está falando, ou quando está falando. A lógica não é dependente da capacidade da pessoa de pensar. A lógica é independente do que uma pessoa é ou do que ela acredita.
Mas de onde veio a lógica e seus absolutos lógicos? Uma vez que as leis da lógica são de natureza conceitual, são transcendentes, absolutas, perfeitamente consistentes e independentes do universo (tempo, espaço e matéria/energia), elas refletem uma mente transcendente, absoluta, perfeita e independente do universo. Nós chamamos essa mente transcendente, absoluta, perfeita e independente de Deus.
“Rotular” qualquer um com algum desses termos parece implicar uma certa falsidade naquele que é “rotulado”. Chamar alguém de “tendencioso”, “preconceituoso”, “intolerante” e “julgador” até mesmo sugere que esses termos não se aplicam ao acusador. Será que um lado é “tendencioso”, “preconceituoso”, “intolerante” e “julgador” e o outro não? A resposta é descoberta ao aprendermos a definição das palavras.
“Tendencioso” é definido como um favorecimento de um tipo de argumento sobre outro. Em si mesmo, o fato de ser “tendencioso” não é bom nem ruim, mas simplesmente uma inclinação em direção de uma ideia sobre outra. Todos nós temos nossas inclinações a certas coisas sobre outras. Ser cristão não é ser mais “tendencioso” do que não ser cristão. Um exemplo seria uma preferência por sorvete ao invés de brócolis. “Preconceituoso” inclui aquele que se detém rigidamente a uma ideia. O fato de alguém se apegar firmemente ao que acredita ser verdade não é, em si mesmo, inerentemente ruim. A definição de “intolerante” inclui não poder suportar ou tolerar alguma coisa, o que não é inerentemente ruim. Todos nós somos intolerantes a certas coisas. Ser intolerante a genocídio ou tortura é algo considerado bom pelas pessoas. Portanto, a questão real para todos esses termos é: “Você é tendencioso/preconceituoso/intolerante a quê? E por quê?”
Quanto ao termo “julgador”, o cristão “julga” no sentido de discernir o comportamento certo do errado com base naquilo que já foi definido por Deus. O cristão apenas age como uma testemunha daquilo que Deus já julgou. Um exemplo: imagine que seu amigo está dirigindo no carro dele e você, como seu passageiro, nota que ele está indo mais rápido do que o permitido. Como você aplica adequadamente os princípios de Deus sobre julgamento? Restringindo suas observações ao comportamento exterior: “Você está indo a 90 km/h em uma rua de 60 km/h, você está passando dos limites.” Por que essa forma de julgar não é julgamentalista pecaminosa? Porque a legalidade de dirigir a 90 km/h naquela rua não é para o seu amigo julgar… E nem para você. Dirigir a 90 km/h naquela rua foi julgado errado há muito tempo. Tornou-se ilegal desde que a placa de 60 km/h foi colocada ali. Então, ao testificar o que a placa diz diante da ação desrespeitosa de dirigir a 90 km/h naquele local, isso não faz de você um juiz, mas uma testemunha.
Imagine forçar peças de diferentes quebra-cabeças para ficarem juntas e então colorir os espaços entre essas peças. O resultado seria uma bagunça incoerente. Alguns críticos teorizam que a Bíblia foi montada dessa forma: uma coleção “copiada e colada” de filosofias emprestadas e de folclore. No entanto, os aderentes dessas ideias minimizam, ou falham em reconhecer, que a Bíblia, na verdade, é consistente como um todo.
Não se pode razoavelmente explicar, a partir de um ponto de vista que assume que a Bíblia foi “copiada e colada”, a unidade de tema, propósito e consistência de todos os 66 livros/cartas que a compõem. São muitas obras produzidas por diferentes autores, de diferentes meios sociais e culturais, ao longo de muitos séculos diferentes. Essas obras, coletivamente, são lidas como uma composição única, e assim alguns até acham que a Bíblia é um livro só.
Uma das melhores evidências da harmonia entre as muitas obras que compõem a Bíblia é o estudo do relacionamento das Escrituras do Antigo Testamento com o Novo Testamento. As relações entre as duas coleções são muito numerosas. Com base na qualidade e profundidade dessa harmonia, uma origem por meio da metodologia “copiar e colar” não se encaixa nos fatos e torna-se irracional.
Há duas razões principais pelas quais estudiosos dos altos níveis acadêmicos não costumam dar muita atenção a supostas conexões entre o cristianismo e mitologias. A primeira principal razão é que os estudiosos perceberam que a mitologia pagã é simplesmente o contexto interpretativo errado para o entendimento de Jesus de Nazaré, sendo que os paralelos alegados entre Cristo e a mitologia pagã são espúrios. Jesus e seus discípulos foram judeus do primeiro século da Palestina, e é nesse contexto que devem ser entendidos – os milagres e exorcismos de Jesus devem ser interpretados no contexto das crenças e práticas judaicas do primeiro século. A crença na ressurreição de Jesus só pode ser proveitosamente estudada contra o pano de fundo das crenças judaicas da ressurreição, e não crenças da mitologia pagã. A segunda principal razão é que não há nenhuma conexão causal entre os mitos pagãos e a origem das crenças cristãs sobre Jesus. Não há relação genealógica entre as mitologias e Cristo e seus milagres.
Religião, em latim religare, descreve o vínculo de uma coisa à outra. Em um sentido verdadeiro, todo mundo é religioso no sentido que todos se apegam a algum tipo de crença de como as coisas estão ligadas entre si.
A palavra “adoração”, às vezes, evoca imagens de selvagens prostrados diante de um “ícone de face feia”. Mas a adoração, por sua definição geral, é algo que todo mundo pratica. Adoração é simplesmente demonstrar grande amor, devoção ou admiração.
Fé é o fundamento da lógica. Lógica é a ciência do raciocínio. Na lógica, o que você aceita como sendo verdadeiro no começo diretamente afeta o que você conclui no fim. As coisas aceitas no começo são chamadas premissas: inclinações do pensamento sobre os quais o raciocínio é construído. Premissas são simplesmente aceitas como verdadeiras. É necessário fé para o início de um raciocínio. Fé pode ser também a extensão de confiança para o futuro baseada em uma fidedignidade provada no passado.
A Bíblia define um cristão como alguém que espiritualmente nasceu de novo da água e do Espírito de Deus e que permanece obediente ao evangelho. O referido nascimento espiritual ocorre uma vez na vida, quando a pessoa sai das águas do batismo, o qual deve ser realizado com o objetivo específico para remissão de pecados e recebimento do dom do Espírito (a própria salvação e a capacitação para nela permanecer), precedido da crença em Jesus como Senhor (Deus) e salvador, da confissão da fé que Deus quer e do arrependimento. Depois do batismo, a pessoa deve perseverar em seguir os ensinamentos de Cristo, o que implica em congregar em uma igreja fiel ao Novo Testamento.
A igreja não tem um nome exclusivo e não é uma edificação física, mas as pessoas que a formam – cada cristão é uma “pedra viva” que constitui uma edificação espiritual que pertence a Deus e a Jesus Cristo. A igreja não é uma instituição e nem uma corporação, mas um organismo. Cada congregação local é autônoma. Uma igreja é uma reunião local de cristãos que se reúnem para oração, canto vocal, edificação pela Palavra de Deus, evangelização, juntar e utilizar ofertas/donativos conforme autorização bíblica e a participação na Ceia do Senhor.
Quanto à justiça, Deus não dá a boa eternidade para quem mostra um pouco de bondade, ou para quem pesa mais para o lado bom do que para o lado mau, ou mesmo para os que são 99,999% bons. O céu é para perfeição, e Deus não avalia ninguém com base em um gráfico. Apenas aqueles com a justiça de Deus, sua própria qualidade de perfeição, podem existir em sua presença no céu. É Deus que justifica as pessoas para que elas sejam aptas a viver em sua presença.
A desobediência das instruções de Deus é o pecado, o qual traz várias consequências negativas. A conotação mais literal para pecado é “errar o alvo” – ou seja, alguém que peca se desvia do propósito para o qual foi criado, o qual é ter comunhão com o criador. Deus não apenas dita o correto – ele próprio é o correto.
A morte sempre significa uma separação. Em termos físicos, a morte ocorre quando o corpo se separa do espírito. Há morte no sentido espiritual, ou seja, o estado de estar separado de Deus – e é esse o pior destino que alguém pode ter.
O amor divino, demonstrado muitas vezes pela palavra grega ágape, não provém de sentimento, mas de decisão. O amor que Deus exige é capaz de discernir entre o certo e o errado, sempre apoiando o certo e rejeitando o errado.
O “mundo” se refere a sistemas, regras, preceitos ou tipos de conduta, criados pelo ser humano, que se desviam dos ensinamentos de Deus, ou que incitam o ser humano a um comportamento que o desagrada. Portanto, biblicamente, “não amar o mundo” significa, basicamente, aborrecer tais coisas e viver fora delas.
Os chamados “pais da igreja” foram influentes cristãos cujos escritos foram utilizados como referência em séculos vindouros. O estudo de seus escritos é denominado patrística e eles estão classificados entre os séculos 2 d.C. a 7 d.C. A designação “pais da igreja” é inexata. Embora seus trabalhos fossem notáveis, o verdadeiro pai da igreja é Cristo. Nenhum dos “pais da igreja” tinha autoridade para criar doutrinas bíblicas – o cristianismo já estava totalmente revelado no final do primeiro século.
A Bíblia, na verdade, não é um só livro, mas a coleção de sessenta e seis livros e cartas individuais. Os escritos coletivamente contam a contínua história da redenção da humanidade por Deus. Esses livros e cartas foram escritos por cerca de quarenta a cinquenta autores separados, de várias ocupações, de muitos lugares diferentes, em três linguagens (hebraico, aramaico e grego).
Uma das ênfases maiores do Antigo Testamento é o cenário da separação do povo de Deus. Ele amadureceu um grupo de pessoas para que o usasse na forma da nação de Israel. Esse grupo de pessoas tinha a intenção de ser seu porta-voz para o mundo, e sua nação tinha o propósito de produzir o santo Messias de Deus. A ênfase do Novo Testamento é Jesus Cristo, que foi o prometido Messias (ou Cristo) do Antigo Testamento. Esses livros e cartas documentam a vida, morte e ressurreição de Jesus. Eles existem para contar a gerações sucessivas a respeito de Jesus e para guiá-las por seus ensinamentos. Esses escritos também incluem a promessa de Cristo de retornar fisicamente à Terra. Uma das formas da Bíblia se referir a esse evento é “o último dia”.
A chegada do último dia é imprevisível. O retorno de Cristo vai trazer a ressurreição física dos mortos, a destruição da presente criação, o julgamento de cada pessoa e a criação de novos céus e nova terra.
Acredite, não há outra forma de estar certo sobre a integridade, veracidade e autoridade bíblica (ou qualquer outro tema bíblico) sem leitura e estudo dedicados. Não critique sem ler. Não negligencie. Leia. Estude. Vale a sua vida eterna.
Veja as referências contidas no primeiro estágio completo deste estudo em pdf.
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