Neste primeiro estágio do estudo sobre a salvação de acordo com o Novo Testamento abordaremos a questão da gravidade do pecado. As pessoas hoje não têm noção do quão perigoso ele é. Abordaremos as seguintes questões:
A palavra “pecado” tem o significado das seguintes expressões: “perder o rumo”; “errar o alvo”; “errar o caminho do correto”; “errar o caminho do dever”; “incorrer em culpa”; “perder o direito”; “sofrer a perda”.
Quem define qual é o “rumo”, o “alvo”, o “caminho correto” e o “caminho do dever” é Deus. Também é ele que define como se adquire a “culpa”, como se perde o “direito” e como se sofre a “perda”. Na verdade, a própria existência de Deus define o certo e o errado. Ele simplesmente é o certo. Ele é a autoridade máxima sobre tudo. Ele criou tudo e tem direito sobre tudo.
O ser humano foi criado para estar em comunhão íntima com Deus. Isso é o “rumo”, o “alvo”, o “caminho correto” e o “caminho do dever”. Quando ocorre pecado, o ser humano adquire a “culpa”, perde o “direito” e sofre a “perda”. Portanto, pecar significa transgredir a vontade de Deus. Transgredir a vontade de Deus é o “errado”. Praticar a vontade de Deus é o “certo”.
Pecar desvia o ser humano do propósito para o qual foi criado: comunhão íntima com Deus. Pecar também é uma afronta à autoridade de Deus. Deus tem direito sobre tudo por ser o criador de tudo. Ele é a autoridade máxima. Se alguém se opor à sua vontade, afronta sua autoridade.
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A essência do problema do pecado é que, simplesmente, Deus não pode ter comunhão íntima com alguém que tenha pecado. Isso tem a ver com sua santidade – Deus é separado do pecado. Para entender a intensidade do repúdio de Deus ao pecado, temos que enxergar o problema da perspectiva de Deus.
Por mais perfeita que pareça a criação, aos olhos de Deus, o pecado a estraga. Se o ser humano tiver pecado, não pode estar junto de Deus. Deus é o perfeito absoluto. Não pode ser encontrada imperfeição em uma perfeição absoluta, ou a perfeição absoluta deixa de ser o que é. Pior ainda: caso Deus se misturasse com o pecado, o padrão de perfeição absoluta deixaria de existir, e nada mais poderia ser considerado como um perfeito absoluto. Em poucas palavras, seria o fim do “certo”.
Uma vez que o próprio Deus repudia tanto o pecado, é claro que o pecado é a coisa mais ruim que existe. É um problema mortal que, muito frequentemente, não é percebido, ou é ignorado, ou não recebe a devida importância. O pior é que Deus afirmou claramente que todos cometem pecado (Salmo 14:3; 53:1-3; 143:2; Eclesiastes 7:20; Romanos 3:10-12,23; 1 João 1:8). Cedo ou tarde, seja por muito ou por pouco, cada ser humano vai transgredir a vontade de Deus em algum ponto. O pecado é contagioso e infeccioso como uma doença virulenta. Um pecado puxa outro pecado, e eles puxam outros, até que a alma da pessoa esteja completamente estragada. O pecado escraviza o pecador e o coloca em um cativeiro (João 8:34).
O pecador adquire algo como uma “dívida impossível de pagar” para com Deus. Isso porque o pecado resulta na perda de uma alma criada por Deus. Como você pode restituir uma alma se não é capaz de criá-la ou repará-la por si mesmo? Uma alma tem um valor alto demais para poder ser restituído pelo pecador (Salmo 49:7-9; Mateus 16:26). Nem mesmo o mundo inteiro é o suficiente para quitar essa “dívida”. O pecador simplesmente não tem como pagar a Deus pela sua alma arruinada pelo seu pecado. Portanto, todo ser humano pode ser comparado a um adoecido de doença mortal que pode perecer a qualquer momento.
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O que acontece com alguém que tem uma dívida enorme, tão grande ao ponto de não poder fazer restituição pelo dano que causou? É vendido, com tudo o que tem, para trabalhar, em uma labuta tormentosa, até quitar a dívida (veja Mateus 18:23-25,34-35). No caso do pecador, como se trata de uma “dívida” que jamais poderá ser paga, apenas resta a ele perder tudo, ser lançado para longe de Deus e “labutar” pela eternidade por causa de uma dívida que nunca termina. Isso é o tormento eterno.
Uma vez que o ser humano foi criado para ter comunhão íntima com Deus, mas não pode tê-la por causa do pecado, nada resta a ele exceto ser banido totalmente e permanentemente de Deus. Ser banido totalmente e permanentemente de Deus significa que o ser humano ficará privado de tudo o que é de Deus. Isso implica na perda de todas as coisas que o ser humano gosta e que anseia para si mesmo. Tiago se referiu a essas coisas com as expressões “boa dádiva” e “dom perfeito” (Tiago 1:17). Como criador, Deus é autoridade máxima sobre tudo, e as coisas boas e certas são dele. Quem for banido totalmente e permanentemente dele, obviamente, não vai partilhar das coisas boas e certas, pois são dele.
Se o ser humano vier a perder a Deus definitivamente, o que restará a ele? Apenas as coisas que não são de Deus. Em outras palavras, o ser humano terá apenas seu ódio, rebeldia, tristeza, remorso, sofrimento, fracasso, desonra, e todas as demais coisas como essas. Além disso, a ardente ira justa de Deus permanecerá sobre ele. Esse tormento foi descrito por Jesus com expressões tais como “choro e ranger de dentes” (Lucas 13:28), “trevas” (Mateus 25:30) e “onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Marcos 9:47-48).
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