Neste quarto estágio do estudo, abordaremos como ser verdadeiramente justificado do pecado e salvo. Várias respostas têm sido dadas para essa questão. Líderes e professores de religião sempre discordam em suas respostas. Porém, para não corrermos risco de erro, a salvação deve ser buscada nos termos que o próprio Deus estabeleceu.
Quando lemos a Bíblia, notamos a importância de sete coisas que estão envolvidas com a salvação: o evangelho, Jesus Cristo, fé, confissão, arrependimento, batismo e perseverança. Será que todas essas coisas são necessárias? Esse é o ponto em que existe muita discórdia entre os professores de religião.
Quando finalmente estivermos diante de Deus, não seremos julgados pelas recomendações de igrejas ou de professores humanos. Seremos julgados pelas palavras de Jesus (João 12:48-50), as quais foram reveladas no Novo Testamento. Portanto, temos que nos voltar para o Novo Testamento para sabermos se podemos omitir o evangelho, ou Jesus Cristo, ou a fé, ou a confissão, ou o batismo, ou a perseverança, e ainda sermos salvos. Lembre que o não cumprimento de algum ponto da vontade de Deus já é pecado (Tiago 2:10-11).
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Existem pessoas que afirmam que o evangelho é somente uma das várias maneiras para salvação. Outros afirmam terem encontrado Deus da maneira deles. A quantidade de opiniões varia porque o tema da salvação está encoberto por confusão e desentendimento. Uma pergunta de Jesus para os religiosos de seu tempo traz um princípio importante: a origem da mensagem é do céu ou dos homens? (Mateus 21:25-27). Não podemos querer defender nossas crenças acima da vontade de Deus, como fizeram aqueles religiosos.
Sentimentos não dão confiança segura da salvação. Um excelente exemplo dessa verdade é Saulo de Tarso, o apóstolo Paulo. Ele perseguiu violentamente o povo de Deus (Atos 22:4-5). Ele sentiu que estava fazendo a coisa certa. Ele era zeloso diante de Deus. Mas… Ele estava errado! Ele estava em pecado e precisou se converter (Atos 22:16). Como no caso de Saulo de Tarso, é possível pensarmos que estamos certos, demonstrarmos grande zelo e, no entanto, estarmos condenados diante de Deus. Os caminhos e os sentimentos das pessoas, simplesmente, não são verdadeiros guias para a salvação.
O evangelho é necessário para a salvação porque é a solução de Deus para o problema do pecado: é o poder de Deus para salvar e fazer justiça (Romanos 1:16-17). O evangelho nunca afirma que podemos seguir caminhos diferentes que levam ao mesmo lugar. Ao contrário, ele diz que podemos chegar a Deus somente por meio do Filho (João 14:6). Jesus disse que seremos julgados pelas suas palavras (João 12:48-49), e não pelo que acharmos conveniente. O evangelho de Jesus Cristo é essencial para a salvação e devemos estudá-lo, ele é o poder de Deus que já nos deu todas as coisas que conduzem à vida e à piedade (2 Pedro 1:3).
As Escrituras Sagradas contidas na Bíblia foram inspiradas por Deus e são úteis para tornarem as pessoas naquilo que Deus quer (2 Timóteo 3:16-17). Não há necessidade de buscar outras fontes. A fé que Deus quer guia para a salvação e já foi dada uma vez por todas (Judas 3). Essa fé vem por ouvir a Palavra de Cristo (Romanos 10:17), a qual se encontra no Novo Testamento. O apóstolo Paulo avisou dos perigos de aceitar ou proclamar quaisquer novos ou diferentes “evangelhos”. Só existe um evangelho. Qualquer um, ainda que seja um apóstolo ou anjo do céu, que mudar o evangelho, ou pregar “outro evangelho”, é amaldiçoado (Gálatas 1:6-10). Deus revelou a sua vontade no evangelho e enfatizou a sua importância. O evangelho está no Novo Testamento da Bíblia. Compete a cada um de nós aprender e obedecer. Sem o evangelho puro não há salvação.
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Os homens parecem ser determinados a criar seus próprios esquemas de salvação. Alguns negam Deus e, portanto, não admitem o pecado e nem a necessidade de resgate divino. Outros aceitam a ideia de que um ser superior deve intervir, mas se desentendem na identificação do salvador. Até mesmo alguns que professam ser cristãos expressam uma atitude do tipo “eu estou bem, você está bem” em relação a outros que rejeitam totalmente a Jesus Cristo. A questão é: podemos ser salvos sem Cristo?
A solução de Deus para o problema do pecado é o evangelho. O evangelho é indispensável para salvação. Sendo o ponto central do evangelho a morte e a ressurreição de Cristo, torna-se óbvio que a salvação sem Jesus é impossível. O Novo Testamento demonstra que Jesus Cristo é indispensável no plano de Deus para a salvação (João 14:6). Quando esteve diante do sumo sacerdote em Jerusalém, Pedro ousadamente disse que Jesus é o único caminho de salvação (Atos 4:12).
O Antigo Testamento contém muitas profecias sobre Jesus Cristo, muitas das quais destacam seu papel como salvador. Entre as mais famosas dessas profecias está Isaías 53:11-12, escrita mais ou menos 700 anos antes do nascimento de Jesus. Antigas profecias também predisseram que alguns rejeitariam Jesus e tentariam obter salvação sem ele (Salmo 118:22; Atos 4:11; 1 Pedro 2:4-10).
João Batista apresentou Jesus como “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Essa foi uma introdução exata ao trabalho de Jesus – a pregação das boas novas da salvação. Cristo exerceu o seu poder para perdoar pecados (Marcos 2:8-11), o que ressalta que sua cura era espiritual, e não meramente física. Entretanto, o papel de Jesus como salvador não terminou quando ele deixou a Terra. Ele foi exaltado para dominar como rei sobre todos (Apocalipse 17:14), possuindo todo o poder ou autoridade (Mateus 28:18-20). Ele se tornou o autor da salvação eterna para todos aqueles que o obedecem (Hebreus 5:9).
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Fé implica em crer. A necessidade da fé em Cristo é reconhecida por muitas das religiões que alegam ser cristãs. No entanto, muitas pessoas que afirmam ser seguidoras de Jesus, na realidade, pensam que não é necessário crer nele para obter salvação.
Qualquer um pode ter fé. A questão é ter a fé que Deus quer. O Novo Testamento contém palavras claras de Jesus com respeito a fé em João 8:24: “Por isso, eu lhes disse que vocês morrerão em seus pecados. Porque, se não crerem que Eu Sou, vocês morrerão nos seus pecados.” Essa é uma das mais claras afirmativas sobre o assunto, dita pelo próprio Jesus. Ele disse que as pessoas morreriam em seus pecados se não cressem nele. Está bem claro que a crença em Cristo é absolutamente essencial para receber a salvação. Não há salvação sem a fé que Deus quer. Uma linguagem similar foi usada em João 8:58 para descrever a existência eterna de Cristo: “Em verdade, em verdade lhes digo que, antes que Abraão existisse, Eu Sou.”
Tanto em João 8:24 quanto em João 8:58, Jesus falou de si mesmo nos mesmos termos que Deus usou para responder à pergunta de Moisés com respeito ao seu nome. Deus mandou que Moisés dissesse: “Eu Sou me enviou a vocês” (Êxodo 3:14-15). As afirmativas de Jesus em João 8:24 e João 8:58 exigem fé em alguém que não é deste mundo, alguém eterno e divino por natureza. Devemos crer na divindade de Jesus ou morreremos em nossos pecados.
Há pessoas que afirmam ser seguidoras de Cristo, mas cometem o erro de negar sua divindade. Podem até aceitar Jesus como um bom homem, ou mesmo como um “deus”, mas não admitem que ele é verdadeiramente divino. A fé que Deus quer exige que Cristo seja reconhecido como Deus. Não é fácil compreender a natureza de Deus. Porém, basta entender que, embora Cristo seja uma pessoa diferente de Deus Pai, ele é Deus. Deus se compõe de três pessoas distintas em unidade de propósito, essência, natureza e substância: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Os três são Deus, e Deus é um só. Até mesmo o apóstolo Tomé, tendo antes duvidado da ressurreição de Jesus, depois o confessou como seu Senhor e Deus. Jesus foi chamado de Deus por Tomé e não o repreendeu, antes, reconheceu que o apóstolo teve a fé necessária. Jesus disse ainda que aqueles que tiveram tal fé sem precisar vê-lo eram bem-aventurados (João 20:28-29).
A questão é que, se a divindade de Cristo for negada, não haverá salvação. Muitas passagens atestam a necessidade da fé (Marcos 16:15-16; Romanos 10:10-17; Hebreus 11:6; etc.). Porém, nenhuma delas demonstra mais claramente a necessidade da fé que Deus quer do que a simples afirmativa de Jesus: “se não crerem que Eu Sou, vocês morrerão nos seus pecados” (João 8:24).
Outro erro em relação à fé diz respeito à salvação de crianças pequenas e recém-nascidos. Como eles são incapazes de crer, alguns negam a necessidade da fé quando oferecem planos para salvá-los. Porém, o problema disso é o conceito errado de que tais crianças estão perdidas. A ideia de que a perdição é herdada dos pais leva a um abuso da vontade de Deus, fazendo os homens inventarem planos para “salvar” quem não está perdido. A questão é que ninguém perecerá por causa do pecado de seus pais (Ezequiel 18:19-24) e as crianças pequenas e recém-nascidos não estão perdidos (Mateus 19:13-14).
Um aspecto importante da fé que Deus quer é que se trata de uma fé ativa e obediente (Tiago 2:14-26). O maior exemplo de fé do Antigo Testamento, Abraão, foi justificado pela fé obediente e operante. Confessar fé sem seguir as ordens de Deus não é suficiente! Abraão ainda teve que obedecer a Deus, e nós temos que imitar o exemplo de sua fé. É verdade que obras motivadas pelo mérito próprio não compram a salvação (Efésios 2:8-9). No entanto, as obras resultantes de uma fé obediente e operante são respostas do homem à graça de Deus. Até mesmo a fé é descrita como obra em João 6:29! A fé que Deus quer opera atos de obediência ao que ele mandou, o que é totalmente diferente de tentar obter a salvação por meio de obras de mérito. Ninguém comprará a salvação com boas ações, e, igualmente, ninguém será salvo por uma fé morta que não gera os frutos, ou obras, que Deus mandou! Esteja certo que não haverá salvação sem a fé que Deus quer!
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Aqueles que reconhecem o poder de Jesus para salvar admitem a necessidade de crer nele. Mas pode alguém ser salvo apenas com base em uma fé particular e silenciosa? Romanos 10:9-10 é, provavelmente, a passagem mais familiar que mostra que há a necessidade de confessar a fé que Deus quer para ser salvo. Em outras palavras, se alguém deseja ser salvo, sentirá vontade de confessar que Jesus é Senhor, Jesus é o Cristo (o Messias, o Ungido) e que Jesus foi ressuscitado.
Reconhecer que Jesus é o Senhor exige submissão à sua autoridade. Devemos deixar de lado nossas próprias ideias, autoridades e tradições humanas. Devemos abertamente aceitar a autoridade de Jesus Cristo. Desde os tempos do Novo Testamento até os dias de hoje, Deus tem exigido que todas as pessoas se voltem para o Senhor Jesus (Atos 3:19-21).
O apóstolo João escreveu para convencer as pessoas que Jesus é o Cristo (o Messias, o Ungido) para que elas possam ter a bênção da vida em seu nome (João 20:31). Um etíope ficou convencido desse fato por meio da pregação de Filipe (Atos 8:36-38). Reconhecer Jesus como sendo o Cristo é aceitá-lo como profeta, sacerdote e rei. A fé que é confessada é uma fé em um Senhor vivo que mostra o caminho da salvação. Portanto, a ressurreição tem sido um tema constante na pregação do evangelho, uma vez que é a base onde a fé que Deus quer tem que ser edificada (Atos 2:29-33; Romanos 10:9-10; 1 Coríntios 15:12-14). Também, em Romanos 10:13, invocar o nome de Jesus implica em crer nele como o Cristo e confessá-lo, ou seja, é a confissão da fé que Deus quer.
Uma vez que a confissão da fé em Jesus é essencial para a salvação, é importante reconhecer o seguinte: (1) a confissão da fé em Jesus sozinha não salva; (2) a confissão é o resultado natural da fé, uma vez que, se alguém verdadeiramente crê em Jesus Cristo como Senhor e salvador ressuscitado, é natural que essa fé seja confessada (Atos 8:36-38); (3) essa confissão deve continuar pela vida inteira, ainda que surjam ameaças de morte (Apocalipse 2:10). Portanto, a confissão da fé que Deus quer é absolutamente necessária para a salvação, e essa confissão deve continuar por toda a vida!
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Usando exemplos de pecadores que foram mortos de forma horrível, Jesus disse que outros pecadores que pareciam “menos culpados” também iriam à perdição caso não se arrependessem (Lucas 13:1-5). Cristo deixou muito claro que o arrependimento é essencial para a salvação. Na linguagem do Novo Testamento, a palavra traduzida como “arrependimento” se refere a alguém que muda de atitude, desiste do pecado e se volta para Deus. Arrependimento é, em suma, a atitude de alguém que desiste de pecar. É, em si mesmo, uma mudança de atitude que também exige mudança de conduta. Por isso, tipicamente, o arrependimento é a parte mais difícil para a salvação – envolve um compromisso de parar de pecar e passar a obedecer a Deus.
João Batista instruiu as pessoas para produzirem frutos dignos de arrependimento (Mateus 3:8). Jesus falou das diferenças entre as boas e as más pessoas e disse que suas condutas as tornarão conhecidas (Mateus 7:20). Quem realmente mudou de atitude com respeito ao pecado manifestará tais mudanças em suas ações, deixando de se portar de forma pecaminosa. A pessoa que saiu do pecado para servir a Deus abandonará as obras da carne (Gálatas 5:19-21) e gerará o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-25). O arrependimento é tão importante que, ainda que alguém venha a pecar após sua conversão (o que é muito provável), sempre poderá ser justificado (1 João 1:8-2:2). Portanto, sem arrependimento ninguém será salvo do pecado e suas terríveis consequências.
Até agora, temos estudado que, para obtermos a misericórdia de Deus, devemos ter mais coisas além de arrependimento: (1) aceitar que o evangelho é o poder de Deus para salvação e seguir suas instruções; (2) crer que Jesus é o Cristo; (3) ter a fé que Deus quer (Jesus Cristo é Deus); (4) confessar continuamente essa fé. Abordaremos ainda a questão do batismo e da perseverança. Logo, mesmo que alguém se desvie do pecado por meio do arrependimento, se negligenciar alguma das outras exigências de Deus para a salvação, não será salvo. Enquanto alguém não pode ser salvo somente pelo arrependimento, ninguém pode ter as riquezas espirituais sem arrependimento. Portanto, o arrependimento é uma parte essencial do que Deus exige para salvação!
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O papel do batismo no plano de Deus para a salvação refere-se à imersão total de alguém em água, sendo um dos mais discutidos e menos compreendidos assuntos bíblicos. Muitos ensinam que o batismo é importante, mas não essencial para a salvação. Geralmente, descrevem o batismo como um sinal externo de uma graça interna, tendo o propósito de testificar para outras pessoas que alguém foi salvo. Outros ensinam que o batismo é um privilégio e um dever, mas não uma necessidade.
O Novo Testamento mostra o batismo como uma exigência para salvação. Pedro instruiu milhares de pessoas a se arrependerem e se batizarem em nome de Jesus Cristo (com a autoridade dele) para remissão de seus pecados (Atos 2:38). Pedro também afirmou que o batismo salva, lavando os pecados de forma similar à forma como o dilúvio na época de Noé lavou a terra do mal (1 Pedro 3:21). Ananias disse para Paulo receber o batismo e, com ele, lavar seus pecados (Atos 22:16). Paulo não foi convertido a Jesus antes do batismo, ao contrário do que muitos afirmam. Essas passagens bíblicas mostram que os pecados não serão lavados até que seja realizado o batismo para a remissão deles!
Os textos de Atos 2:38, Atos 22:16 e 1 Pedro 3:21 também demonstram que o batismo opera juntamente com o arrependimento e com a invocação do nome de Jesus (Romanos 10:13). Invocar o nome de Jesus implica em crer nele como o Cristo e confessá-lo – é a confissão da fé que Deus quer! Portanto, o batismo opera junto com Cristo, com a fé que Deus quer e com a confissão dessa fé. Isso tudo trabalha junto no evangelho de Jesus Cristo, o qual é o poder de Deus para a salvação. Não há nada no Novo Testamento que, verdadeiramente, indique que o batismo é simplesmente um sinal externo desnecessário!
Há também alguns professores de religião que ensinam que a salvação é conseguida antes do batismo, ou seja, sem ele. Esse ensinamento assume que o batismo é simplesmente um símbolo. Novamente, o evangelho puro do Novo Testamento é claro. Enquanto vários mandamentos e exemplos mostram o batismo como uma exigência para salvação, não existe nenhum texto que, verdadeiramente, transmita a ideia de que alguém pode ser salvo sem o batismo, ou antes dele. A ordem dos eventos em Marcos 16:16 e Atos 2:38 demonstram que fé e arrependimento devem preceder o batismo para que ele seja aceitável a Deus!
O evangelho ensina que o batismo é necessário para estar em Cristo. Ninguém pode ser salvo sem Jesus (Atos 4:12). As pessoas que amam a Jesus e obedecem aos seus ensinamentos têm o privilégio de compartilhar com ele um relacionamento especial (João 14:23). Como ter essa comunhão com Jesus? Paulo destacou duas coisas essenciais para estar em Cristo: a fé e o batismo (Gálatas 3:26-27). É com o batismo que se entra em Cristo para participar da comunhão com ele. O batismo faz parte da resposta correta à autoridade de Jesus. Quem se batiza está se submetendo à autoridade do Filho de Deus, assim como à autoridade de Deus Pai e do Espírito Santo (Mateus 28:18-20). Se não entrarmos em Cristo, não teremos a vida eterna. O Novo Testamento usa duas ilustrações impressionantes para mostrar o papel do batismo no reviver da pessoa.
A primeira ilustração é o novo nascimento da água e do Espírito em João 3:5: “Em verdade, em verdade lhe digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.” O Espírito Santo revelou o que é necessário para a salvação. Ele age para transformar. Sem a Palavra de Deus comunicada pelo Espírito, não haveria nenhuma esperança da salvação. A capacitação para transformação vem com o dom do Espírito Santo (a própria salvação e a capacitação para nela permanecer), e ele é recebido no batismo (Atos 2:38). A figura do novo nascimento na água e no Espírito mostra que o batismo é o começo da nova vida. Antes da imersão em água, a pessoa está morta no pecado. Após o batismo, ela vive.
A segunda ilustração é a que Paulo utilizou ao mostrar que o batismo segue o padrão da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (Romanos 6:3-4; Colossenses 2:12). Jesus morreu na cruz. O pecador morre para o pecado. Jesus foi sepultado no sepulcro. O pecador é sepultado nas águas do batismo. Jesus foi ressuscitado para uma nova vida. O pecador é espiritualmente ressuscitado para uma nova vida. Observe que a vida vem depois do sepultamento. Antes do batismo, o pecador está espiritualmente morto. No batismo, o morto está sepultado. Ninguém sepultaria um corpo vivo. A nova vida começa quando o morto se levanta das águas do batismo.
Sendo o batismo de suma importância para a salvação, alguns chegaram ao extremo de afirmar que o batismo é tudo o que é necessário para a salvação. Essa é, de fato, a ideia central para “batizar” crianças que são incapazes de crer em Jesus Cristo. O problema disso é que a ênfase é colocada na ação para excluir a verdadeira obediência que Deus exige. Preste atenção novamente na ordem dos eventos em Marcos 16:16 e Atos 2:38: fé e arrependimento devem preceder o batismo para que ele seja aceitável a Deus!
Alguns argumentam que 1 Coríntios 1:14-17 mostra que o batismo não é necessário para salvação porque Paulo disse que “Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho”. Esse tipo de objeção é um exemplo clássico de inferir uma resposta apesar de o fato de uma resposta já ter sido dada. É estranho tentar discutir que Paulo não valorizou o batismo, considerando que ele confessou que batizou não menos do que três pessoas em Corinto. A razão da hesitação do apóstolo em batizar naquela situação se encontra no versículo quinze: “para que ninguém diga que vocês foram batizados em meu nome”. Paulo teve um problema peculiar ao pregar aos coríntios: eles tinham uma tendência a se dividirem por acharem que deviam fidelidade a um pregador acima do outro. Em Corinto, Paulo havia sido elevado além de sua posição. Havia divisão na igreja sobre a quem as pessoas achavam que deviam sua fidelidade: a Apolo, a Cefas (Pedro), a Paulo, ou a Cristo (1 Coríntios 1:12). Paulo não queria realizar o batismo dos coríntios pessoalmente para que ninguém pensasse que havia algum poder nele, uma vez que o poder estava em Cristo. Paulo perguntou aos coríntios em 1 Coríntios 1:13: “Será que Paulo foi crucificado por vocês ou será que vocês foram batizados em nome de Paulo?” A dificuldade, portanto, não é se os coríntios foram batizados ou não, ou se Paulo batizava ou não, mas as atitudes dos coríntios e suas tendências de exaltarem os homens que trabalharam neles. O fato de que tantos coríntios foram ditos como tendo sido batizados confirma a necessidade de que todos sejam batizados. O batismo dos coríntios foi realizado por outros cristãos, porém, de qualquer maneira, eles foram batizados para a salvação.
Para encerrar o assunto do batismo, é importante abordarmos uma última questão: o batismo deve ser realizado em nome de quem? Cristo deu aos seus apóstolos a missão de ir por todo o mundo e fazer discípulos “batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28:18-20). Quando os apóstolos faziam discípulos, eles batizavam “em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38; 10:48) e “em nome do Senhor Jesus” (Atos 8:16; 19:5). Qual dessas “fórmulas” deve ser “recitada” sobre a pessoa que está recebendo o batismo? Alguns rejeitam as palavras de Mateus. Outros negam a validade do batismo porque as “palavras certas” não foram faladas na hora do batismo.
Não há contradição entre as passagens bíblicas que falam do batismo, nem motivo para causar divisões. Devemos atentar que a expressão “em nome de” tem sentidos diferentes. Embora as traduções portuguesas não façam distinção, há uma diferença interessante no grego. Em Mateus 28:19, o sentido é de batizar para “entrar no nome” do Pai e do Filho e do Espírito Santo. No batismo, nascemos de novo para entrar no reino de Deus (João 3:5), onde temos comunhão com o Pai (João 14:23), o Filho (João 14:23; Gálatas 3:27) e o Espírito Santo (1 Coríntios 6:19). A mesma preposição usada em Mateus 28:19 aparece, também, em Atos 8:16 e Atos 19:5. Esses dois versículos, como Gálatas 3:27, afirmam que “entramos em Cristo” por meio do batismo.
Em Atos 2:38 e Atos 10:48, outras preposições gregas têm o sentido de “pela autoridade de” Jesus. Uma vez que Cristo é perfeitamente unido com as outras pessoas divinas (o Pai e o Espírito), quando entramos em comunhão com ele, gozamos, também, de comunhão com os outros dois (João 17:20-21).
Outra consideração importante é que as passagens bíblicas sobre o batismo não falam de algum tipo de cerimônia. Como já observamos, falam sobre a autorização e o propósito do batismo. Jesus não sugeriu o uso de “palavras mágicas” para validar o batismo. Jesus mandou que os apóstolos batizassem para que a pessoa “entre no nome” do Pai, Filho e Espírito Santo. Quando eles obedeceram e realizaram batismos, fizeram isso, de fato, pela autoridade de Jesus. Quando pessoas obedeceram ao evangelho, foram batizadas para entrar em comunhão com Jesus. As pessoas que sugerem algum tipo de contradição em relação ao “nome em que se deve batizar” esquecem da perfeita unidade de Deus (João 17:22-23).
Considere também Colossenses 3:17: “E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em ação, façam em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” Isso significa que temos que fazer tudo pela autoridade de Jesus, obedecendo a seus mandamentos. Não significa que temos que recitar as palavras “Senhor Jesus” quando fazemos ou dizemos alguma coisa. A expressão “em nome de” não indica uma fórmula para recitar – indica uma autoridade à qual temos que nos submeter.
Portanto, nenhuma passagem bíblica dá um conjunto de palavras para serem pronunciadas sobre a pessoa que recebe o batismo. Os textos sobre batismos dizem o que era feito, não o que era dito, quando uma pessoa era batizada. O batismo deve ser realizado pela autoridade (de acordo com os ensinamentos) do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E, uma vez que nunca há uma discordância entre os três, o que quer que façamos em obediência ao Pai, ou ao Espírito, na mesma ação obedecemos à vontade de Jesus.
É aceitável dizer que se está sendo batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É aceitável dizer que se está sendo batizado em nome de Jesus. Mas a verdade é que não há nada que tenha que ser dito quando se é batizado. As palavras que são faladas simplesmente não afetam a validade do batismo. O que precisamos fazer é cuidadosamente obedecer aos ensinamentos do Pai, do Filho e do Espírito Santo, sempre que se é batizado, e, de fato, em tudo o que dizemos e fazemos. A pessoa batizada no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo o faz pela autoridade de Cristo. E a pessoa batizada em nome de Jesus entra em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Em suma, o batismo tem que operar junto com Cristo, com a fé que Deus quer, com a confissão dessa fé, e com arrependimento. Isso tudo trabalha junto no evangelho de Jesus Cristo. Se tudo isso não for acompanhado do batismo, será apenas um banho de água! O batismo sozinho não salvará ninguém. No entanto, ninguém será salvo sem o batismo.
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A mensagem do evangelho é para todas as pessoas, mas a maior parte do Novo Testamento foi escrita para benefício principal dos cristãos, pessoas que já foram salvas de seus pecados do passado. Assim, o Novo Testamento está cheio de conselhos para ajudar os cristãos a resistir ao pecado, ou seja, persistir na prática do evangelho. Isso é a perseverança. Porém, muitos professores de religião ensinam a ideia de que um cristão, como filho de Deus, não pode perder a salvação.
A afirmação de Jesus em João 10:25-30 tem sido muitas vezes usada para tentar provar que um cristão não pode decair da graça de Deus. Porém, na verdade, a passagem mostra que a salvação depende da contínua e fiel obediência. Jesus deu uma promessa tripla em João 10:28: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.” Note três coisas: (1) Jesus dá a vida eterna para suas ovelhas; (2) suas ovelhas jamais perecerão; (3) ninguém arrebatará as ovelhas de sua mão. No entanto, uma leitura mais atenta revela que essas promessas estão condicionadas a duas condições mostradas no verso imediatamente anterior, João 10:27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” Observe que: (1) as ovelhas ouvem voz de Jesus; (2) as ovelhas seguem Jesus. Note que as duas condições estão no tempo verbal presente, ou seja, é uma ação habitual e contínua. Isso mostra que as ovelhas só terão as promessas se continuarem a ouvir e a seguir (obedecer) a Cristo!
A Epístola aos Gálatas fala sobre a permanência na liberdade que há em Cristo. Ela foi escrita principalmente para combater os erros de cristãos que tentavam convencer as pessoas a obedecerem a Lei de Moisés e avisa sobre os riscos de retornar à servidão dessa lei, abandonando a liberdade que há em Cristo e, com isso, afastar-se da graça dele. Em Gálatas 5:1-4, Paulo claramente mostrou que a salvação é conseguida sem a Lei de Moisés. Ele animou os cristãos gálatas a permanecerem firmes na liberdade e afirmou que o retorno à obediência da Lei de Moisés vai separá-los de Cristo e colocá-los novamente em jugo de escravidão. Em outras palavras, quem voltar à Lei de Moisés decai da graça! Cair da graça de Cristo é uma possibilidade real! Cristãos devem ser cautelosos para não se tornarem submissos “de novo, a jugo de escravidão”, ou seja, retornarem aos preceitos de uma lei que não salvará do pecado.
O escritor do Livro de Hebreus foi claro ao dizer que alguém que foi iluminado por Deus, provou o dom celestial, se tornou participante do Espírito Santo, provou a boa Palavra de Deus e os poderes do mundo perfeito que está para vir, ou seja, um cristão, pode chegar ao ponto de não ter mais salvação se não tiver mais arrependimento (Hebreus 6:4-6). Ele apresentou a necessidade de perseverar para receber a promessa da vida eterna (Hebreus 10:26-31,35-36,39; 12:1) e encorajou cristãos a desenvolverem sua fé, tomando cuidado para não voltarem ao pecado e perderem a salvação.
O apóstolo Pedro também encorajou os fiéis a permanecerem firmes na justiça de Deus para não caírem. Ele avisou contra falsos cristãos que tentariam atrair cristãos ao pecado. Tais falsos cristãos deixaram o caminho de Deus, erraram, e enganavam os cristãos que estavam se afastando de quem vivia no erro (2 Pedro 2:15-18). Aqueles que foram vencidos pelo pecado após terem se convertido a Deus caem em uma situação pior do que estavam antes (2 Pedro 2:19-22). Pedro ensinou os cristãos a terem cuidado e a se esforçarem para não caírem de sua firmeza em Deus, exortando-os a crescerem na graça e no conhecimento de Jesus Cristo (2 Pedro 3:14-15,17-18).
Não se engane com o erro que afirma que cristãos não podem perder a salvação! Crer nisso é acalentar uma falsa sensação de segurança que levará à condenação. Em vez disso, precisamos ser sóbrios e vigilantes, pois o Diabo procura alguém para devorar (1 Pedro 5:8). Devemos enfrentar o inimigo com o conhecimento que podemos vencer se permanecermos em Cristo. Com certeza, Jesus não apagará do livro da vida o nome daquele que perseverar até o fim (Mateus 10:22; Apocalipse 3:5).
Um aspecto muito importante da perseverança é fazer parte de uma igreja que obedeça às instruções do Novo Testamento. Para saber mais sobre isso, acesse a área no final desta página sobre a igreja conforme o Novo Testamento.
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Agora que estudamos o que o Novo Testamento diz sobre como obter a salvação, podemos afirmar o que é necessário para ser justificado do pecado e tornar-se um cristão:
Os ensinamentos do Novo Testamento são claros. É triste que tantos professores de religião desejem mudar essas instruções simples. Algum dia, daremos contas a Deus pela nossa resposta às suas palavras (João 12:48-50). Ele não vai nos julgar pelas doutrinas e tradições de ensinamentos humanos, mas pela revelação da Bíblia. Como responderemos a ele se não demonstrarmos fé suficiente para obedecer a essas instruções? Ninguém que realmente ama a Deus ousaria ignorar suas instruções intencionalmente (João 14:15,21; 1 Coríntios 4:6; Tiago 2:10-11; 2 João 9-10). Se nós amamos a Deus e queremos honrá-lo, obedeceremos prontamente a ele. Somente então teremos confiança da nossa salvação (1 João 2:3-6).
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