Quando tudo dá errado, pode acontecer que a pessoa se culpe demais pelas falhas e considere a si mesma como incompetente ou como alguém que “não tem mais jeito”. Nesses casos, uma pessoa pode se sentir tentada a praticar algum tipo de autopunição, ou até mesmo a tirar a própria vida. Ela pode não se sentir capaz de dar nem sequer uma chance para si mesma.

Devemos entender que não temos autoridade para punir nem mesmo a nós mesmos. Nosso ser pertence a Deus, e não a nós mesmos. Se fôssemos donos de nós mesmos, teríamos direito para determinar nosso número de chances ou a nossa própria punição. Porém, Deus é nosso dono. Portanto, ele é quem determina nossas chances ou punições:

Eis que todas as pessoas são minhas. Assim como a pessoa do pai, também a pessoa do filho é minha. A pessoa que pecar, essa morrerá. (Ezequiel 18:4, “Nova Almeida Atualizada”).

O próprio apóstolo Paulo não julgava a si mesmo, mas deixava seu julgamento nas mãos de Deus. Ele simplesmente buscava constantemente se manter fiel a Deus:

Mas a mim pouco importa ser julgado por vocês ou por um tribunal humano; nem eu julgo a mim mesmo. Porque a consciência não me acusa de nada. Mas nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga é o Senhor. (1 Coríntios 4:3-4, “Nova Almeida Atualizada”).

Portanto, antes de nos considerarmos como indignos de recebermos mais chances, ou antes de determinarmos nossa própria “sentença”, devemos lembrar que não somos competentes para isso. Apenas Deus é competente para esse julgamento. E o que Deus diz com relação a quantas chances temos que dar a nós mesmos?

Nosso ser é muitíssimo importante para Deus, uma vez que ele entregou seu filho para morrer por nós e nos abrir a porta para redenção:

Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente alguém morreria por um justo, embora por uma pessoa boa alguém talvez tenha coragem para morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores. (Romanos 5:6-8, “Nova Almeida Atualizada”).

Nosso juízo será efetuado por Deus apenas após nossa morte física:

E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juízo, (Hebreus 9:27, “Nova Almeida Atualizada”).

Uma vez que somos importantes para Deus ao ponto de ele entregar a vida de seu filho como resgate para nossa salvação (um preço incalculável), e nosso juízo apenas entrará em efeito após nossa morte, torna-se claro que Deus quer que tenhamos quantas chances sejam necessárias para que nos tornemos fiéis a ele enquanto estivermos vivos.

Portanto, enquanto você viver, não importa quantas vezes as coisas deem errado, Deus espera que você se levante e se volte para ele, pois é apenas com ele que seremos exaltados.

Mas ele nos dá cada vez mais graça. Por isso diz: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” Portanto, sujeitem-se a Deus, mas resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. Cheguem perto de Deus, e ele se chegará a vocês. Limpem as mãos, pecadores! E vocês que são indecisos, purifiquem o coração. Reconheçam a sua miséria, lamentem e chorem. Que o riso de vocês se transforme em pranto, e que a alegria de vocês se transforme em tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. (Tiago 4:6-10, “Nova Almeida Atualizada”).

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"Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." (Mateus 11:15, NAA).

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